terça-feira, 21 de abril de 2015

Executivos da Camargo Corrêa vão depor como testemunhas de acusação

Executivos da Camargo Corrêa vão depor, como testemunhas de acusação, na ação penal contra o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Em despacho emitido na segunda-feira (20), o juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sergio Moro, estabeleceu para o dia 18 de maio os depoimentos do presidente, Dalton Avancini, e do vice-presidente da empreiteira, Eduardo Hermelino Leite, no curso de uma ação penal em que o dirigente petista se tornou réu sob acusações de corrupção e lavagem de dinheiro. Outras 26 pessoas são acusadas no mesmo processo. Os executivos assinaram acordos de delação premiada. Em depoimento à Polícia Federal em março, Avancini afirmou ter sido procurado, em 2010, por Vaccari com um pedido de doação oficial de R$ 10 milhões para o PT para ser descontado da propina devida por contratos na diretoria de Serviços da Petrobras, controlada por Renato Duque (também preso). Já Leite admitiu que a empreiteira pagou R$ 110 milhões em propina para fechar contratos com a Petrobras entre 2007 e 2012. Desse montante, a diretoria de Serviços levou R$ 63 milhões, e a de Abastecimento, comandada por Paulo Roberto Costa, ficou com R$ 47 milhões, segundo ele. Vaccari foi preso na última quarta (15) e logo depois afastou-se da tesouraria do PT. Além das acusações de corrupção e lavagem, o petista também é investigado por formação de quadrilha em um inquérito que corre no Supremo Tribunal Federal. Na semana passada, o advogado do petista, Luiz Flávio Borges D'Urso, refutou a argumentação da Procuradoria que doações legais foi uma das formas de lavar dinheiro proveniente das propinas na Petrobras.

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