domingo, 19 de abril de 2015

Empreiteiro Ricardo Pessoa, chefe do Clube do Bilhão, recebeu ameaças de morte na cadeia do Paraná; se falar, morre

Bandidos que a Polícia Federal tenta identificar desde a semana passada, enviaram três cartas ameaçadoras para o presidente da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, fazendo-se passar por "sobrinhos" do chefe do cartel da Petrobrás. Ricardo Pessoa está para o escândalo do Petrolão como o maçarico está para um barril de pólvora, avisa a revista Veja, que esta semana denuncia as ameaças e publica os fac similes dos envelopes e de trechos das cartas, endereçadas da região do ABC e de São Paulo. Os remetentes foram falsamente atribuidos aos donos da Engevix, preso com o empreiteiro, e da Camargo Corrêa, que fez delação premiada e cumpre prisão domiciliar. As ameaças visam intimidar o empreiteiro, já que ele está novamente prestes a falar tudo que sabe. E ele sabe muito, porque era o chefe do cartel. O próprio destinatário entregou as cartas para a polícia, temendo pela vida. Em fevereiro, quando esteve na iminência de fazer delação premiada, o próprio ministro da Justiça chamou os advogados da UTC para avisar que o governo resolveria em seguida os problemas das empreiteiras. Na ocasião, o governo ficou em pânico com revelações de Ricardo Pessoa para Veja: 
- Em 2014, repassei R$ 30 milhões para o PT e a campanha de Dilma.
- Ajudei José Dirceu a ´pagar despesas pessoais por meio da simulação de pagamentos por contratos de consultoria.
- O tesoureiro da campanha de Dilma, Edinho Silva, está preocupadíssimo, já que todas as empreiteiras acusadas de esquema criminoso doaram para a campanha.
Agora as pressões voltaram, já que o dono da UTC promete falar para os federais. Se falar, o dono do Clube do Bilhão chegará diretamente ao gabinete de Dilma e até a sala de Lula.
Nas cartas que recebeu, as ameaças são veladas:
- Titio, me ajude a resolver esse quebra-cabeça, peça a ajuda de seus novos amigos doentes. Eu também já estive doente, fiz uma cirurgia e saí vivo. E a clínica ainda está aberta.
A linguagem e a letra imitam autoria de criança, mas ficou claro para Ricardo Pessoa que as ameaças contidas nas cartas fazem referências até a hábitos pessoais que só investigadores poderiam levantar.

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