terça-feira, 21 de abril de 2015

Em carta a amigos, o "porquinho" petista Palocci diz que investem novamente contra sua honra

O ex-ministro e "porquinho" petista Antonio Palocci enviou na segunda-feira (20) uma carta por e-mail a amigos para explicar consultorias prestadas por sua empresa, a Projeto, com três grandes grupos empresariais: Pão de Açucar, JBS e Caoa. O texto é uma resposta a reportagem da revista "Época" divulgada no final de semana. Na carta, ele diz que, ''novamente'', um órgão de imprensa ''investe de maneira sensacionalista e espetaculosa contra a minha honra''. Segundo a "Época", documentos da firma de consultoria do petista, a Projeto, revelam que seu enriquecimento coincidiu com o momento em que ele assumiu a coordenação da campanha de Dilma. Alvo da Operação Lava Jato, o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil) teria recebido naquele ano, quando coordenou a primeira campanha presidencial de Dilma Rousseff (PT), ao menos R$ 12 milhões de 30 empresas. A revista teve acesso à listagem das 30 empresas que teriam feito pagamentos a Palocci, parte de uma investigação sigilosa conduzida pelo Ministério Público Federal. Uma delas foi o grupo Pão de Açúcar, que pagou R$ 5,5 milhões a Palocci em 2010. O primeiro repasse, de R$ 1 milhão, foi feito pelo escritório do ex-ministro da Justiça no governo Lula, Márcio Thomaz Bastos, morto em 2014. Segundo Palocci, ''foram prestados serviços técnicos de acompanhamento da aquisição de Casas Bahia, pelo acima nominado conglomerado varejista, trabalho este executado em parceria com o Escritório de Advocacia Márcio Thomaz Bastos''. A carta diz ainda que a contratação já foi objeto de investigação e obteve do juiz federal de Brasília o arquivamento. O Ministério Público investiga ainda pagamentos recebidos pelo ex-ministro do frigorífico JBS e da concessionária Caoa, que somaram R$ 6,5 milhões. Segundo a revista, a suspeita do Ministério Público Federal é que o serviço de Palocci não foi entregue e o JBS recebeu um empréstimo do BNDES que facilitou a empresa a buscar negócios no mercado de frangos nos EUA. O ex-ministro da Casa Civil nega qualquer relação de seu trabalho com o financiamento do BNDES para a JBS. Sobre a Caoa, ele diz ter feito um serviço técnico e que, se após quatro anos, ''algumas montadoras vieram a obter prorrogação de regime tributário diferenciado do Congresso Nacional'', não há relação com sua contratação. É curioso o "porquinho" petista Antonio Palocci falar em honra, já que ele não pensou nisso quando coordenou operação para estuprar a conta bancária do caseiro Francenildo Santos na Caixa Econômica Federal quando ocupava o Ministério da Fazenda no governo de Lula X9.

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