terça-feira, 14 de abril de 2015

Eduardo Cunha reafirma: impeachment "não tem fundamento"


O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reafirmou nesta terça-feira posição contrária à aceitação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff neste momento. A despeito do resultado das pequisas de opinião e do anúncio de que líderes das manifestações de rua devem entregar à Casa um pedido neste sentido, o presidente afirmou que tende a negar qualquer abertura de impeachment contra Dilma neste momento. "Impeachment não é processo político. O impedimento do presidente da República, previsto na Constituição Federal, é um processo que tem que ter sua razão jurídica para isso. Não é simplesmente porque uma pesquisa diz que a população quer, que efetivamente vai ter impeachment. Da minha parte, dessa forma, não tem aceitação", disse Eduardo Cunha. O presidente da Câmara disse que irá analisar os fundamentos jurídicos do pedido que será apresentado pelos líderes do Movimento Brasil Livre: "Para vir aqui tem protocolar alguma coisa tem que ter fundamento. Deixa ver que fundamento que vai vir. Eu não vejo, na minha análise, eu não vejo fundamento". Até o momento, a Câmara já recebeu 23 pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff feitos por cidadãos e pelo deputado Jair Bolsonaro. Entre os pedidos, 14 foram apresentados no primeiro mandato e 9 nos primeiros três meses do segundo mandato. Cunha negou a abertura dos processos. Pequisa DataFolha divulgado no sábado mostrou que 63% dos entrevistados são favoráveis à abertura de processo de impeachment contra Dilma.

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