terça-feira, 14 de abril de 2015

CVM manda Usiminas fazer oferta de ações após venda de papéis da Previ

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) decidiu nesta terça-feira (14) que a operação de compra da participação da Previ na Usiminas pela Ternium disparou a obrigação de oferta pública de aquisição das ações da siderúrgica brasileira. Segundo comunicado da Usiminas ao mercado, a decisão da Superintendência de Registros da CVM, passível de recurso, ocorreu em resposta a um pedido de esclarecimento pela Nippon Steel sobre a necessidade ou não de realização de uma OPA. Entre os principais minoritários da Usiminas está a rival CSN, que tem cerca de 14% das ações ordinárias e 20,7% das preferenciais da maior produtora de aços planos do País. A Ternium anunciou em outubro a compra de ações ordinárias do fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, a Previ, na Usiminas, em uma operação de R$ 616,7 milhões e que envolveu 51,5 milhões de papéis. Na ocasião, a Ternium pagou R$ 12,00 por ação da Usiminas detida pela Previ, o que correspondia a um prêmio de 82% sobre o preço dos papéis um dia antes do anúncio. A ação ordinária da Usiminas encerrou esta terça-feira cotada a R$ 16,80, com valorização de 2,44%. O ágio pago pela Ternium à Previ foi semelhante ao concedido quando o grupo latino-americano, integrante da ítalo-argentina Techint, entrou no grupo de controle da Usiminas, no fim de 2011. Na época da transação com a Previ, a Ternium havia afirmado que a operação não iria disparar uma OPA. "A transação ensejou a obrigação de os controladores da companhia (Usiminas) realizarem uma OPA por aumento de participação para todas as ações ordinárias de sua emissão em circulação", afirmou a CVM no comunicado distribuído pela Usiminas nesta terça-feira. Com a decisão, a CVM deu 60 dias de prazo para que a Ternium faça o pedido de registro da OPA a todos os acionistas minoritários da Usiminas.

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