terça-feira, 14 de abril de 2015

CPI aprova requerimento para ouvir lobista Fernando Baiano

A CPI da Petrobras aprovou nesta terça-feira a convocação de Fernando Soares, o Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB no petrolão. Até agora, ele havia sido blindado por iniciativa do PMDB, mas o presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), incluiu o requerimento na pauta de votações do dia. Foram quase 60 os pedidos aprovados pelos parlamentares nesta quarta-feira. Entre eles, os que autorizam diligências para ouvir os presos da Lava Jato na cidade de Curitiba (PR), de forma a acelerar os trabalhos. Na lista, estão empreiteiros e os doleiros Alberto Youssef e Adir Assad. Também foram aprovados requerimentos pedindo visitas à sede da Petrobras, às refinarias do Comperj (RJ) e Abreu e Lima (PE), além das convocações de empreiteiros como Mário Góes, Ricardo Pessoa, Gerson Almada e Dalton Avancini. Encerrada a pauta de votações sugerida pelo presidente, a CPI começou a analisar os chamados requerimentos extra-pauta. Entre eles, estavam pedidos de acareação envolvendo o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. O partido se empenhou ao máximo para protelar a discussão e, assim, evitar a votação desses pedidos. Falando como líder de bancada, Afonso Florence (PT-BA) usou os dez minutos a que tinha direito para atrasar os trabalhos até que a ordem do dia tivesse início no plenário da Câmara e impedisse a apreciação dos requerimentos. Sem assunto, ele teve de improvisar para gastar o tempo: “‘Quero reiterar todo o apoio aos povos indígenas na demarcação de suas terras e contra o PL 4330″, disse ele, em certa altura. A estratégia funcionou. No começo da sessão, o presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), rechaçou críticas feitas pelo relator, o petista Luiz Sérgio (RJ), ao jornal Folha de S. Paulo. O peemedebista declarou seu “repúdio frontal” às afirmações de que a CPI pouco avançou até agora. “Não posso admitir que uma comissão que eu presido seja desmoralizada em público”, afirmou Hugo Motta. O colegiado também agendou para a próxima quinta-feira depoimento do executivo Augusto Mendonça, um dos delatores do petrolão. No mesmo dia falará à comissão Luciano Coutinho, do BNDES. Em 5 de maio, a CPI ouvirá o ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa. 

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