quarta-feira, 8 de abril de 2015

Contra comando do PTB, congressistas da sigla rejeitam fusão com o DEM

Os deputados e senadores do PTB rejeitaram nesta quarta-feira (8) a proposta de incorporação do partido com o DEM. Dos 25 deputados da bancada, 14 votaram pelo adiamento da decisão, assim como os três senadores da sigla. A decisão das bancadas, porém, não tem o respaldo do comando nacional do PTB – que pressiona os congressistas a apoiarem uma decisão rápida em relação à união. A presidente do partido, Cristiane Brasil (RJ), filha de Roberto Jefferson, disse em nota que a negociação para a incorporação das duas siglas está mantida e que os prazos negociados com o DEM serão cumpridos pelo PTB, apesar da decisão dos deputados e senadores. "Não houve qualquer reunião da Executiva Nacional do partido. Houve um encontro das bancadas do PTB, onde os parlamentares apresentaram seus pontos de vista relativos à negociação em curso", afirmou a presidente do PTB. As bancadas divulgaram documento em que defendem que o PTB ouça as "bases do partido" em diversos municípios do País, antes de sacramentar a fusão. Os congressistas da sigla defendem uma decisão "serena", que seja tomada pelo partido somente em setembro de 2015. Se a sugestão for adotada, a união com o DEM pode não sair do papel antes do prazo para disputar as eleições municipais de 2016. A legislação eleitoral exige que novos partidos consigam seu registro no Tribunal Superior Eleitoral um ano antes do pleito, ou seja, em outubro deste ano. "Nossa postura aqui no PTB sempre foi de tomar decisões afinadas com nossos filiados, prefeitos e vereadores, célula primordial para o exercício de um bom mandato", disse o líder do PTB, deputado Jovair Arantes. Na nota, as bancadas do PTB afirmam que "respeitam" a decisão da Executiva Nacional do DEM favorável à fusão, mas que consideram "precipitada" a discussão sobre a união dos partidos. Eles também afirmam que uma decisão "desse nível" não pode ser tomada com base na discussão se o novo partido será oposição ou aliado do governo federal. "Faz-se necessário que ouçamos a nossa base representada em milhares de municípios e que afastemos qualquer possibilidade que a discricionariedade de poucos possam prevalecer pela maioria de nossos filiados", afirma a nota dos congressistas. A executiva nacional do DEM aprovou nesta terça-feira (7), por 21 votos a 4, a continuação das conversas para a união das duas siglas. A ideia do comando do DEM é que a fusão seja aprovada nos próximos dois meses. Apesar de o PTB ser atualmente da base de apoio do governo Dilma, o presidente do DEM, José Agripino Maia (RN), afirma que não há possibilidade de o partido mudar a postura de oposição à gestão do PT. "Está no acordo feito previamente com o PTB o atestado de que o partido terá a orientação política que o Brasil conhece. Prova disso é que manteremos os nossos atuais líderes da Câmara e do Senado", afirmou o senador. O PTB tem atualmente o comando do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O ministro Armando Monteiro Neto ameaça deixar o PTB, caso a fusão seja aprovada.  




 PTB 25

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