terça-feira, 21 de abril de 2015

China empresta mais de US$ 5 bilhões para o governo de Maduro

Em um aparente alívio para os cofres públicos da Venezuela, a China emprestou mais US$ 5 bilhões ao governo do ditador bolivariano Nicolás Maduro. O empréstimo, anunciado na noite de domingo (19) por Maduro, é parte de um acordo pelo qual Caracas reembolsa suas dívidas despachando petróleo para a China, que carece dos recursos naturais para sustentar sua economia. Pequim já emprestou US$ 47 bilhões a Caracas no âmbito deste pacto, firmado em 2007 sob o governo do então ditador Hugo Chávez. Ou seja, a Venezuela bolivariana regrediu ao tempo do escambo, se mantém pelo escambo. O empréstimo adicional surge no momento em que a Venezuela se tornou um dos países mais afetados pela queda dos preços petroleiros, causada por uma oferta abundante no mercado. O barril venezuelano fechou a semana passada em US$ 50,00 contra US$ 90,00 em setembro – e US$ 98,00 em 2013. Este cenário é desastroso para um país onde o petróleo responde por nove de cada dez dólares arrecadados e que precisa destes mesmos dólares para importar quase tudo o que consome. Antes mesmo da degringolada petroleira, as reservas cambiais da Venezuela já haviam baixado para menos de US$ 20 bilhões devido a políticas de governo que incluem fartos subsídios e gastos sociais. Na segunda-feira (20), a chanceler venezuelana, Delcy Rodriguez, chegou ao Irã, outro país afetado pela queda dos preços petroleiros, em busca de uma estratégia comum para "estabilizar o mercado".

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