quarta-feira, 8 de abril de 2015

AS ARTICULAÇÕES DA MAFIA DO LIXO GAÚCHA (2)

A investigação da atuação da Máfia do Lixo gaúcha pelo Ministério Público começou com uma denúncia feita ao Tribunal de Contas por Flademir Rocha, vereador de Arroio do Sal, representante da empresa Teseu Soluções Ambientais Ltda, registrada como sendo de propriedade de Sidnei Siqueira. Ele declarou que a Teseu encontrava dificuldades nas licitações em face de combinações prévias de empresas concorrentes. Flademir relatou ao Ministério Público que as empresas lixeiras se reuniam mensalmente no Sindicato do Lixo, em Novo Hamburgo, comandado por Gabriel Host, dono da empresa Camaro, do grupo Biominas, de Taquara. Flademir relatou que participou de algumas reuniões do sindicato, e que faziam parte do mesmo, além da Camaro, as empresas Brisa e Onze, "representadas por Gelson", e que eram os responsáveis por coordenar as combinações e definir quem deveria ganhar determinada concorrência. Ele disse que participavam, ainda, do grupo, as empresas Urban, JC Lopes, Komaq, Promaq, Mecanicapina e W. K. Borges. Flademir Rocha relata ter recebido aviso de que a empresa que representava ia ser quebrada, por não participar do sindicato mafioso do lixo, e que ele deveria "tomar cuidado" porque a máfia é perigosa.

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