terça-feira, 3 de março de 2015

Socialite que teve filha com Fidel morre aos 89 anos


A socialite Natalia Revuelta, que manteve um romance com Fidel Castro nos anos 50, morreu em Havana aos 89 anos de idade. Na época ela era casada com o conhecido cardiologista Orlando Fernandez, quase 20 anos mais velho, esvaziou sua conta bancária e empenhou as próprias joias para financiar a revolução cubana. O ardente caso de amor foi rápido. Dele, nasceu uma filha, Alina, que hoje vive no exílio. A cuidadora de Natalia disse que a morte ocorreu na sexta-feira e que a socialite foi cremada em uma cerimônia para familiares. Naty, como era chamada pelos íntimos, era considerada uma das mulheres mais bonitas de Cuba quando conheceu Fidel, em 1952. Ela abriu as portas de sua casa para reuniões de planejamento do ataque ao quartel de Moncada, primeiro ataque contra a ditadura de Fulgencio Batista. Depois do fracasso do assalto guerrilheiro, Fidel ficou preso quase dois anos. Para informá-lo de que estava em segurança, Naty enviou-lhe um livro com uma foto entre as páginas. Foi o início de uma apaixonada troca de cartas, que se transformou num rápido relacionamento nos dois meses decorridos entre a libertação da prisão e a partida de Fidel para o exílio no México, em 1955. Alina nasceu no ano seguinte, mas só soube da identidade do pai biológico aos 10 anos de idade. Em 1993, ela fugiu do país disfarçada de turista espanhola. O casamento com o cardiologista Orlando Fernandez terminou em 1961, quando ele partiu para os Estados Unidos levando a filha do casal. Mirta Diaz-Balart, que era casada com Fidel à época, pediu o divórcio depois que cartas do guerrilheiro para ela e para a amante foram misteriosamente trocadas. Naty permaneceu na ilha e ocupou postos no governo. Em uma entrevista, ela admitiu que, mesmo depois do fim do romance, "levou anos para tirá-lo do coração".

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