domingo, 22 de março de 2015

Shinko Nakandakari fez novo depoimento na última quinta-feira, especificamente sobre a refinaria Abreu e Lima

O engenheiro Shinko Nakandakari, um dos delatores da Operação Lava Jato, confirmou à força tarefa do Ministério Público Federal que pagou propinas também para o gerente geral da Refinaria do Nordeste (RNEST), Glauco Colepícolo Legatti. Shinko fez novo depoimento na quinta feira, 19, especificamente acerca da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Glauco Legatti foi afastado do cargo em novembro, por decisão interna da Petrobrás. A Abreu e Lima é dos grandes empreendimentos da Petrobrás que está sob suspeita de superfaturamento. Contratos relativos à refinaria, na avaliação dos investigadores da Lava Jato, deram suporte a um incrível esquema de desvios e fraudes. Em depoimento anterior, no dia 19 de fevereiro, o delator havia citado como beneficiário de propinas o ex-diretor de Serviços da Petrobrás, o petista Renato Duque, preso na última segunda feira, 16, pela Operação ‘Que País é esse?’. Shinko afirmou, na ocasião, que pagou mais de R$ 5 milhões para Duque – R$ 1 milhão em encontros pessoais com o ex-diretor em restaurantes de luxo no Rio de Janeiro e o restante via Pedro Barusco, ex-gerente de Engenharia da Petrobrás e braço direito de Renato Duque. Shinko disse que agia como pagador de propinas pela empreiteira Galvão Engenharia. Em outro depoimento, perante o juiz Sérgio Moro, que conduz todas as ações da Lava Jato, no dia 5 de março, o delator afirmou que os pagamentos para Glauco Legatti “avançaram pelo ano de 2014, inclusive depois que a Operação Lava Jato foi deflagrada”. Segundo Shinko, mesmo depois do estouro da Lava Jato, em março de 2014, não havia preocupação de que a investigação da Polícia Federal pudesse chegar à Galvão Engenharia, empreiteira para a qual ele afirma que operava as propinas na Petrobrás.

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