terça-feira, 10 de março de 2015

PP catarinense estuda afastar João Pizzolatti da direção estadual


Investigado em seis inquéritos da Operação Lava-Jato, cinco abertos no Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-deputado federal catarinense João Pizzolatti (PP) tem futuro incerto dentro da legenda. O PP já avalia os impactos negativos que a presença do ex-parlamentar na executiva estadual da sigla podem trazer perante a sociedade e para os resultados das eleições municipaisdo ano que vem. "O que não pode é o partido bancar o avestruz e colocar a cabeça em um buraco esperando que os outros esqueçam", diz o deputado federal Esperidião Amin, tanto sobre o PP no plano nacional, quanto no estadual. Pizzolatti é vice-presidente do PP de Santa Catarina. É também secretário extraordinário de Relações Institucionais e Promoção de Investimentos do Estado de Roraima, cargo que lhe rendeu foro privilegiado na região Norte do País e fez com que a única petição que envolve seu nome e que não está no Supremo seja julgada longe do juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal de Curitiba. "Não há como negar que o episódio como um todo atinge o partido, embora a instituição não tenha nada a ver com isso. Infelizmente temos um membro do nosso partido que está muito envolvido. Por outro lado, dos dois parlamentares da nossa legenda que nos representam hoje no Congresso Nacional, nenhum tem qualquer citação", diz o presidente do PP em Santa Catarina, Joares Ponticelli, referindo-se a Amin e Jorge Boeira. "O partido não pode subestimar a opinião pública. Nenhum partido pode e o nosso também não. Esse é um desafio que está posto perante a executiva do PP, cujo vice-presidente é o Pizzolatti. Se a executiva disser que não é com ela e fizer olhar de paisagem, o povo não vai fazer o mesmo", disse Amin. As duas principais lideranças do partido em Santa Catarina, no entanto, afirmam que não podem ser juízes do caso e já condenar o ex-parlamentar. Alegam que, apesar de ter aparecido em denúncias anteriores do caso, deve ter amplo direito a defesa. Uma expulsão da legenda, por exemplo, só entraria em discussão após o julgamento dos fatos pela Justiça. 

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