sexta-feira, 27 de março de 2015

Petrobras fechará refinaria de Okinawa, no Japão


A Petrobras sairá do negócio de refino de petróleo no Japão com o fechamento de sua refinaria em Okinawa ainda este ano, informou nesta quinta-feira a agência japonesa Nikkei. A redução na demanda por gasolina no Japão e os baixos preços do petróleo têm afetado a lucratividade da unidade, disse a agência. A Petrobras deverá construir um terminal de importação como alternativa, para assegurar abastecimento de derivados de petróleo da Coréia do Sul e de outras refinarias japonesas, vendendo a unidade para outro atacadista, segundo a Nikkei. A Petrobras entrou no mercado japonês com a compra de 87,5% da refinaria Nansei Sekiyu da Tonen General Sekiyu. Em 2010, a estatal brasileira comprou a participação restante que estava nas mãos da trading Sumitomo. O negócio envolvendo a refinaria japonesa foi alvo de críticas desde a compra. A aquisição, em abril de 2008, foi acertada por 70 milhões de dólares. Desde então a estatal gastou cifras milionárias para resolver problemas ambientais e promover melhorias operacionais na unidade. A compra foi fechada (para variar) na gestão do petista José Sérgio Gabrielli e dos então diretores de Abastecimento Paulo Roberto Costa e de Internacional Nestor Cerveró, ambos investigados na Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF). A estatal tentou vender a refinaria nos últimos anos. Até então, a unidade operava com carga mínima, não correspondendo, de longe, à meta de produção original, de 100 mil barris de petróleo por dia. O caso remete à problemática compra da refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006. O Tribunal de Contas da União apontou em julho de 2014 prejuízo de 792 milhões de dólares em Pasadena. A presidente Dilma Rousseff, que era presidente do colegiado quando a Petrobras aprovou a compra de parte da refinaria, chegou a admitir que só votou a favor da compra porque se baseou num parecer "falho" do então diretor da área Internacional.

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