quinta-feira, 26 de março de 2015

Petrobras deve apresentar nesta quinta-feira novas metodologias para apresentação do balanço, ou seja, novas mistificações, mentiras oficiais


A diretoria executiva da Petrobras vai apresentar ao Conselho de Administração, em reunião nesta quinta-feira, o andamento dos trabalhos e os métodos usados para fechamento dos resultados financeiros auditados. A pauta da reunião não prevê a aprovação de números e sim uma apresentação sobre as metodologias que serão utilizadas para a elaboração dos documentos finais. Dessa forma, a fonte avalia que é "pouco provável" que os balanços auditados do terceiro e quarto trimestres sejam aprovados no encontro. A Petrobras corre contra o tempo para aprovar o balanço na reunião desta quinta-feira. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Securities and Exchange Comission (SEC) aprovaram o método que será utilizado no cálculo do tamanho das perdas com corrupção para o fechamento do balanço. Mas uma segunda fonte a par do assunto negou que tenha havido qualquer sinalização do órgão regulador no Brasil para a metodologia. Mais que isso, a CVM já ordenou que a Petrobras se manifeste sobre a matéria. A Petrobras tem até o fim de abril para publicar seu balanço anual auditado, de acordo com as regras da SEC dos Estados Unidos. Após essa data, a empresa ainda terá de 30 a 60 dias, dependendo de contratos de dívidas, para cumprir essa obrigação. Ou seja, o balanço anual auditado deve ser emitido até o final de maio de 2015, segundo a empresa. Caso contrário, credores de títulos da estatal poderão pedir a antecipação do vencimento da dívida, o que pode obrigar a empresa a desembolsar recursos dos quais ela não dispõe. Foram justamente desavenças em relação às metodologias para contabilizar o balanço de 2014 que causaram a troca de toda a diretoria da empresa. A metodologia apresentada pela Petrobras em janeiro deste ano, que previa baixas contábeis da ordem de 80 bilhões nos ativos da empresa, foi criticada pela presidente Dilma Rousseff, que classificou a divulgação como "amadora". A então presidente da estatal, a petista Maria das Graças Foster, ficou na mira da presidente. Dias depois, Graça e todos os diretores da empresa renunciaram.

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