sexta-feira, 13 de março de 2015

Pepe Vargas desmente rumor sobre ameaça de demissão de Levy

Em nota à imprensa divulgada nesta sexta-feira, 13, o ministro das Relações Institucionais, o petista trotskista gaúcho Pepe Vargas, desmentiu que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, teria ameaçado pedir demissão em uma conversa com o presidente do Senado, Renan Calheiros, caso o Congresso não aceitasse manter o veto à prorrogação, até 2042,dos subsídios sobre a energia elétrica para grandes empresas do Nordeste. "Não é verdade que o ministro ligou para senadores dizendo que 'se o veto fosse derrubado, o ministro Levy pediria demissão, pois o ajuste fiscal sofreria um novo abalo'. Uma total inverdade que ele nega com veemência", afirma a nota do ministério. O Congresso foi palco de uma dura negociação na noite de quarta-feira, 11, entre o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). De um lado, Levy insistia na manutenção do veto à prorrogação até 2042 dos subsídios sobre a energia elétrica para grandes empresas do Nordeste, e ameaçava até pedir demissão caso fosse derrotado. De outro, Renan, ao lado do senador Fernando Collor (PTB-AL), brigava para derrotar o Planalto. Levy venceu Renan por 39 votos a 37.



Para que o governo chegasse à vitória, os ministros de Minas e Energia, Eduardo Braga; e de Relações Institucionais, Pepe Vargas, teriam dado telefonemas "desesperados" a senadores, dizendo que se o veto fosse derrubado, Levy pediria demissão, pois o ajuste fiscal sofreria um novo abalo. As ligações foram feitas para os senadores Simone Tebet (PMDB-MS), Valdir Raupp (PMDB-RO), Waldemir Moka (PMDB-MS), Garibaldi Alves (PMDB-RN), Ricardo Ferraço (PMDB-ES) e Acir Gurgacz (PDT-RO). A todos eles, os ministros lembraram que a Câmara havia derrubado o veto pouco antes e que se no Senado o resultado fosse igual, o ajuste ficaria comprometido e Levy iria embora do governo.

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