quinta-feira, 19 de março de 2015

O petista Renato Duque nega parentesco com o bandido petista mensaleiro José Dirceu e diz que sua mulher nunca procurou Lula

Apesar de ter adiantado à CPI da Petrobras que permaneceria calado no depoimento desta quinta-feira (19), o ex-diretor da estatal, o petista Renato Duque, deu breves declarações e negou que ele ou sua mulher tenham parentesco com o petista José Dirceu ou que ela tenha procurado o ex-presidente e alcaguete Lula (ele delatava companheiros para o Dops paulista durante a ditadura militar, conforme Romeu Tuma Jr, em seu livro "Assassinato de reputações") para pedir ajuda para que fosse solto. Preso na última segunda-feira (16) pela décima fase da Operação Lava Jato, o petista Renato Duque já havia sido convocado pela CPI e – após a suspensão de um ato da Câmara que impedia a oitiva de presos dentro da Casa – foi conduzido da carceragem da Polícia Federal até a Câmara para ser ouvido pelos deputados. Ex-diretor de Serviços da Petrobras, o petista Renato Duque é apontado pelo ex-gerente Pedro Barusco, seu subordinado, como beneficiário do pagamento de propinas de empresas. Segundo Barusco, que assinou delação premiada, Renato Duque recebia parte da propina e ainda repassava outra parte ao PT, por meio do tesoureiro João Vaccari Neto. Ambos negam as acusações. Renato Duque começou a falar por volta das 10h30. Ao ser apresentado, já adiantou: “Existe uma hora de falar e uma hora de calar. Esta é a hora de calar, do meu ponto de vista, eu estou sendo acusado, me encontro preso, então por esse motivo é que eu estou exercendo meu direito constitucional ao silêncio”. Provocado pelos deputados, chamado de “corrupto” e criticado por ficar calado, Renato Duque não resistiu quando os parlamentares começaram a ameaçar convocar sua mulher e quando Izalci Ferreira (PSDB-DF) perguntou se havia laços de parentesco dele ou dela com o ex-ministro da Casa Civil, o bandido petista mensaleiro José Dirceu, condenado no Mensalão do PT, como citado pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, delator da Lava Jato. “Quando eu digo infelizmente não posso responder, é porque realmente tem determinadas perguntas que não tem nenhum problema de responder. Uma questão de parentesco é uma questão de árvore genealógica, basta olhar a árvore genealógica de um e de outro. Não tem nenhum parentesco, nunca teve”, afirmou, duas horas depois de ter avisado que não falaria nada. Também às acusações de que sua mulher teria procurado o ex-presidente Lula ou o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto (o Gregório Fortunato de Lula X9), para pedir ajuda na libertação dele na primeira vez que foi preso, Duque se pronunciou e negou. “Minha esposa nunca esteve com o presidente Lula ou com o senhor Okamotto. Não conhece, nunca conheceu”, afirmou o petista Renato Duque. A deputada petista Maria do Rosário (RS) repudiou ameaças de convocação à mulher de Renato Duque: “As pessoas devem responder pelos seus atos. Por isso, repudio como mulher, como mãe".

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