domingo, 22 de março de 2015

Indústria calçadista brasileira fechou 8% de seus postos de trabalho em 2014

Os fabricantes de calçados do País demitiram 8% de seus trabalhadores no ano passado, de acordo com informações da Abicalçados. Em dezembro, a indústria empregava cerca de 330 mil pessoas. Hoje, no entanto, o número é ainda menor. "As demissões continuam acontecendo em quase todo o País de forma linear", afirma o presidente da entidade, Heitor Klein: "A demanda caiu muito nos últimos meses por causa do cenário macroeconômico. Está tudo muito instável e o consumidor, inseguro". O executivo, porém, não tem dados fechados da redução do número de vagas deste começo de ano. Nem a elevação do dólar deve aliviar o setor, segundo Klein. No mercado doméstico, a retração da demanda - decorrente também da alta da inflação - deverá diminuir tanto a comercialização dos produtos importados como a dos nacionais. Para o Exterior, há projeções de que o novo patamar da moeda americana (que poderia dar mais competitividade aos calçados brasileiros) seja neutralizado pelo aumento dos custos, principalmente o da energia. A redução da alíquota do Reintegra, programa do governo federal que restitui impostos às empresas exportadoras, também impactará de forma negativa. A associação ainda não fechou os números do volume de sapatos produzidos no ano passado. O índice do IBGE aponta para uma queda de 5,9% na comparação com 2013. No volume de vendas no varejo, a retração é de 1,1%, ainda segundo o órgão. Em 2013, o consumo era de 4,1 pares por pessoa.

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