quinta-feira, 26 de março de 2015

Executivo da Camargo Corrêa é solto após Justiça homologar delação premiada


O vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Leite, foi solto na tarde de quarta-feira após juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara de Curitiba, homologar o acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF). De acordo com seus advogados, ele já está em sua casa em São Paulo, onde cumprirá prisão domiciliar sob monitoramento, usando uma tornozeleira eletrônica. Dalton Avancini, diretor-presidente, que também assinou acordo, deve ser solto até o fim da semana. Os primeiros resultados da delação de Leite já foram tornados públicos. O executivo declarou à força-tarefa da Operação Lava-Jato que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, pediu em 2010 a quantia de R$ 10 milhões a título de propina devida à diretoria de Serviços, controlada na época pelo ex-diretor de Serviços, o petista Renato Duque. A expectativa de que Leite ampliaria o número de políticos envolvidos não foi confirmada. De acordo com a defesa do Executivo, nenhum político foi citado. A empresa pagou cerca de R$ 100 milhões em propina para obter contratos de obras na usina de Belo Monte. Segundo Avancini, o valor foi dividido entre PT e PMDB, com cada um dos partidos abocanhando 1% do valor dos contratos. A informação, segundo fontes ligadas à negociação da empreiteira com o Ministério Público Federal de Curitiba, foi fundamental para fechar a delação premiada de Avancini. O executivo contou detalhes do esquema que funcionava em Belo Monte, e, só a partir daí, os procuradores aceitaram fazer acordo com o empresário.

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