sexta-feira, 13 de março de 2015

ESCÁRNIO – Secretário de Haddad e candidato do PT derrotado ao governo de SP insufla a greve de servidores estaduais. E ainda se orgulha! Tem de ir para a rua. Isso ajuda a explicar o povo na rua no domingo

No domingo, muita gente vai à rua. Alguns pedem o impeachment da presidente Dilma. Outros acham que ainda não há condições para isso, mas que é preciso manter a mobilização. Há quem vá para, principalmente, protestar contra a roubalheira. Mas uma coisa é patente: todos estão com o saco cheio do PT e de seus métodos. O que vocês lerão abaixo é espantoso. Mas aconteceu! Está tudo documentado.

O que diriam o PT e a imprensa paulistana se um secretário do governador Geraldo Alckmin, do PSDB, discursasse em reunião de servidores da Prefeitura, comandada pelo petista Fernando Haddad, incitando-os, na prática, à greve? Pois foi o que fez Alexandre Padilha, candidato derrotado ao governo do Estado e hoje “Secretário de Relações Governamentais” da Prefeitura, seja lá o que isso signifique.
Está tudo documentado no site da CUT, num texto do dia 8. Lá se pode ler:
“Depois de uma análise de conjuntura feita pelo secretário de Relações Governamentais da Prefeitura de São Paulo, Alexandre Padilha, e pelos técnicos do Dieese, Silvestre Prado e Rogério Limonti, trabalhadores, presidentes e dirigentes sindicais de diferentes categorias lançaram oficialmente a Campanha Salarial Unificada 2015, com uma pauta de reivindicações que será entregue ainda neste mês ao governo.” E mais adiante: “Os trabalhadores mandaram ainda um recado ao governador Geraldo Alckmin, afirmando que não haverá tréguas e que paralisações estão previstas a partir desta semana.”
Greves 4 - Padilha CUT
O petista Padilha, como se sabe, foi derrotado por Alckmin em 644 dos 645 municípios de São Paulo. Mas parece não ter aprendido a lição. Agora que os valentes perceberam que não dá para fazer a guerra das torneiras, então tentam promover a desordem no Estado.
E o secretário, creiam, ainda se orgulha de seu feito no Facebook. Escreveu ele em seu perfil: “O dia começou quente. Falei na Plenária Estadual de Sindicatos de Trabalhadores Públicos do Estado de São Paulo, na sede da Apeoesp”. E larga o braço no governo estadual. Segue a imagem de sua página no Facebook.
Greves 3 - FAcebooki Padilha
Na reunião de que Padilha participou, uma certa Telma Victor, secretária de Formação da CUT São Paulo, afirmou: “O neoliberalismo impera no estado, mas avançaremos com a nossa organização e mobilização. Já demos exemplos de luta a esse estado e é essa resposta que os servidores darão no próximo período. Vamos quebrar a vidraça da grande mídia que não expõe os dois lados”. Entenderam? Para essa patriota, Dilma, com Joaquim Levy Mãos de Tesoura, não é neoliberal, claro! Mas Alckmin sim!
Depois que Padilha foi insuflar a greve, algumas já foram marcadas, como vocês podem ver no quadro abaixo. A Apeosp, o sindicato dos professores da rede estadual,  comandada pela notória Bebel Noronha, quer um modesto reajuste de 75,33%. Ou greve. Bebel é filiada ao PT, a exemplo de outros dirigentes sindicais que estão convocando paralisações.
Greves 1
Greves 2
A propósito: para garantir um pouco de “povo na rua” nos atos em defesa de Dilma, a Apeoesp e o Sindsaude marcaram assembleias justamente para esta sexta, em mais um ato coordenado com o PT.
Se Haddad tivesse um mínimo de responsabilidade, demitiria o seu secretário. É escandaloso que um homem da Prefeitura utilize a força do cargo — e não adianta dizer que estava lá apenas como militante — para tentar promover paralisações de servidores.
Acreditem: essa é uma das coisas de que a população já está com o saco cheio. Não aguenta mais ter a sua vida atrapalhada por oportunistas e por militantes sindicais que nem mesmo atuam em defesa dos trabalhadores. São nada mais do que esbirros de um partido político.
Felizmente, no entanto, o país acordou. Por Reinaldo Azevedo

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