quarta-feira, 11 de março de 2015

DILMA FOI CITADA 11 VEZES NOS DEPOIMENTOS DE DELATORES DA ROUBALHEIRA DO PT E SEUS ASSECLAS NA PETROBRÁS

Reportagem da Folha de S. Paulo de hoje revela que a presidente Dilma Rousseff foi citada nominalmente onze vezes nos 190 termos de depoimentos prestados pelos dois principais delatores da Operação Lava Jato, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e o doleiro Alberto Youssef. Por muito menos do que isto os deputados do PP do Rio Grande do Sul foram parar na Lista do Janot, Eduardo Cunha e Anastasia pararam nas mãos de Teori para investigação e Aécio Neves resultou citado pela Procuradoria Geral da República. As declarações dos dois delatores envolvem dinheiro sujo para beneficiar Dilma. O ponto culminante das declarações a respeito de Dilma – de que R$ 2 milhões do esquema de propinas da Petrobras teriam sido canalizados para sua campanha presidencial de 2010 — foi foco de contradição entre Paulo Roberto Costa e Youssef. Ontem, o ex-gerente Pedro Barusco disse que também mandou dinheiro para a campanha de Dilma, R$ 300 mil.  O primeiro disse que recebeu do doleiro um pedido de R$ 2 milhões em nome do ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Já o doleiro disse que a solicitação não ocorreu, e que a afirmação de Paulo Roberto Costa "não é verdadeira". Mais adiante, Youssef acrescenta que Paulo Roberto Costa "pode ter se confundido sobre esse ponto". Após analisar o conjunto de referências sobre a presidente à disposição da Procuradoria Geral da República, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decidiu não abrir nenhuma investigação sobre Dilma. Janot alegou estar impossibilitado, pela Constituição, de investigar Dilma acerca do escândalo na Petrobras. Em defesa de Dilma saiu o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que, em entrevista coletiva concedida no fim de semana, afirmou que além da vedação constitucional não havia elementos mínimos para investigá-la. As delações são, até aqui, as principais provas anexadas aos inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal a respeito de parlamentares federais com foro privilegiado. Youssef e Paulo Roberto Costa foram ouvidos em dois momentos distintos. Após assinar o acordo de delação premiada com a força-tarefa do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, o ex-diretor da Petrobras foi ouvido entre 29 de agosto e 16 de setembro de 2014 pelos investigadores da Lava Jato de Curitiba (PR). O doleiro foi ouvido entre 2 de outubro e 25 de novembro de 2014. Meses depois, em fevereiro passado, ambos foram reinquiridos, agora por integrantes do grupo de trabalho montado pela PGR em Brasília, com autorização do ministro relator do caso Lava Jato no STF, Teori Zavascki, e a presença de delegados da Polícia Federal. No total, Costa assinou 102 depoimentos. Youssef, 88.

Nenhum comentário: