segunda-feira, 9 de março de 2015

A ubiquidade de Cardozo, o STJ e o STF

Que coisa, né? Goste-se ou não dele, considere-se o homem habilidoso ou não — eu, por exemplo, não considero —, José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, parece estar em todas as paradas.

O PT anda de tal sorte desarticulado que ele surge como a única força mais ou menos organizada naquela barafunda. O homem tem um candidato — ou melhor, uma candidata — à vaga de Joaquim Barbosa no Supremo: Regina Helena Costa, ministra do Superior Tribunal de Justiça.
Professora da PUC, como Cardozo, ela é hoje a ministra mais identificada com, como chamarei?, os postulados intelectuais de Cardozo. A Ajufe (Associação de Juízes Federais) promove uma espécie de “eleição” entre seus pares para saber quem seria seu, digamos assim, “supremável”.
Regina Helena deixou claro que era uma “candidata” — o habitual é que os juízes sejam indicados por colegas. A parceira intelectual de Cardozo ficou apenas em quarto lugar nesse colégio, com menos de 100 votos: perdeu para Sérgio Moro, Fausto de Sanctis e um terceiro cujo nome não me lembro.
O problema de um eventual candidato de Cardozo hoje é passar pelo crivo no Senado. Do jeito que a coisa anda por lá… Por enquanto, creio, o mais prudente para Regina Helena é ficar mesmo no STJ, onde é considerada uma “eleitora” influente na confecção de listas de possíveis membros do tribunal, que depois são enviadas a Dilma, para aprovação final do Senado… Por Reinaldo Azevedo

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