quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Thor Batista é absolvido da morte do ciclista que atropelou, esquartejou e matou


Thor Batista, filho do empresário de papel Eike Batista, foi absolvido na tarde desta quinta-feira pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro no processo em que é acusado pela morte do ajudante de caminhoneiro Wanderson dos Santos, de 30 anos, em um atropelamento ocorrido na noite de 17 de março de 2012, na rodovia que liga o Rio de Janeiro a Petrópolis. Thor Batista atropelou o trabalhador, que foi esquartejado e morreu. Em junho de 2013 ele havia sido condenado pela juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza, da 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias, a pagar R$ 1 milhão a entidades assistenciais, prestar serviços comunitários durante dois anos e não dirigir automóvel nesse período. A defesa, representada pelos advogados Ary Bergher e Raphael Mattos, recorreu da sentença e o caso foi julgado nesta quinta-feira pela 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O relator do recurso votou pela manutenção da condenação, mas os outros dois magistrados defenderam a absolvição de Thor, o que prevaleceu, portanto, por 2 votos a 1. Ora, a Justiça brasileira não é a que todos os brasileiros conhecem se decidisse diferente disso. O atropelamento ocorreu quando Thor voltava de Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, com um amigo, dirigindo um potentíssimo carro Mercedes-Benz SLR McLaren prata. Ele seguia pela rodovia Washington Luís (BR-040) quando, na altura de Xerém, distrito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, atingiu Wanderson, que tentava cruzar a pista de bicicleta. Ele morreu na hora, esquartejado. Um laudo pericial concluiu que Thor trafegava acima da velocidade permitida para o local, que é de 110 km/h. No entanto, um segundo exame concluiu que o filho de Eike Batista corria menos que isso. Com base nesse segundo laudo, Thor foi absolvido. Não é fantástico?!!! "Foi feita justiça", afirmou Ary Bergher, que dedicou o resultado ao ex-ministro da Justiça, o petista Marcio Thomaz Bastos, que era colega de Ary nesse processo e morreu em novembro passado. É isso aí. Isso é Brasil. 

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