quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

PT refuta depoimento de delator e diz que só recebeu doações legais

O PT refutou em nota as declarações de Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras, de que o partidopode ter recebido entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões de propina de empresas contratadas pela Petrobras. Segundo o PT, todas as doações recebidas são legais. Leia a íntegra da nota: "A assessoria de imprensa do PT reitera que o partido recebe apenas doações legais e que são declaradas à Justiça Eleitoral. As novas declarações de um ex-gerente da Petrobras, divulgadas hoje, seguem a mesma linha de outras feitas em processos de "delação premiada" e que têm como principal característica a tentativa de envolver o partido em acusações, mas não apresentam provas ou sequer indícios de irregularidades e, portanto, não merecem crédito. Os acusadores serão obrigados a responder na Justiça pelas mentiras proferidas contra o PT. Em depoimento concedido em acordo de delação premiada, Barusco afirmou que o dinheiro teria saído de propina retirada dos 90 maiores contratos da Petrobras. Ele afirmou que o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, teve "participação" no recebimento desse suborno. Vaccari Neto, de acordo com ele, ficou, até março de 2013, com US$ 4,5 milhões. O depoimento foi prestado no dia 20 de novembro último e veio à tona nesta quinta-feira (5). Segundo Barusco, Vaccari participou pessoalmente de um acerto fechado entre funcionários da Petrobras e estaleiros nacionais e internacionais relativos a 21 contratos para construção de navios equipados com sondas, contratações que envolveram ao todo cerca de US$ 22 bilhões. "Essa combinação envolveu o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, João Vaccari Neto, o declarante [Barusco] e os agentes de cada um dos estaleiros, que deveria ser distribuído o percentual de 1%, posteriormente para 0,9%", declarou Barusco. O tesoureiro nacional do PT afirmou nesta quinta-feira que esclareceu com "transparência" e "tranquilidade" todas as perguntas feitas pela Polícia Federal. A declaração do petista, feita após prestar depoimento na sede da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, foi divulgada pelo site oficial do PT. "Todas as perguntas feitas pelo delegado foram esclarecidas. Respondi a tudo com transparência, lisura e total tranquilidade", afirmou. Vaccari chegou à sede da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, na Lapa, por volta das 9h30 e deixou o local de táxi, às 12h30, acompanhado por um advogado. As informações sobre os pedidos partiram de colaboradores da investigação, como o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, que firmou acordo de colaboração premiada com a Justiça.

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