sábado, 7 de fevereiro de 2015

Propina da corrupção na Petrobras era acertada até em prostíbulos de Santa Catarina

Uma das testemunhas da nova fase da Operação Lava Jato, que era funcionária da empresa Arxo Industrial, afirmou ao Ministério Público Federal que o fornecimento exclusivo de tanques para a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, foi obtido pela empresa mediante o pagamento de propinas. Ela disse ainda que um avião da Arxo foi usado para buscar empregados da BR Distribuidora no Rio de Janeiro "para passear" e que eles eram levados para "boates e prostíbulos", onde eram discutidos negócios da empresa e o pagamento de propinas. A Arxo foi um dos principais alvos desta nona fase da Lava Jato, que se concentrou no pagamento de propinas à BR Distribuidora e identificou novos operadores que atuam junto à Petrobras. Três de seus diretores foram presos temporariamente na quinta-feira (5): João Gualberto Pereira Neto, Gilson João Pereira e Sérgio Ambrósio Marçaneiro. A testemunha disse ao Ministério Público que constatou um saque de R$ 7 milhões do caixa da empresa para "pagamentos suspeitos" e que o operador Mário Frederico Mendonça Goes recebia 5% a 10% dos contratos da Arxo com a BR Distribuidora, para pagar propinas. A testemunha afirmou ainda que Goes tinha informações privilegiadas da Petrobras e as repassava à empresa Arxo. Segundo o Ministério Público Federal, Goes "atuou como operador financeiro em nome de várias empresas e/ou consórcios de empresas contratadas pela Petrobras" e tratava do pagamento de propinas. A Justiça Federal expediu um mandado de prisão preventiva contra ele. De acordo com o Ministério Público, a testemunha apontou um dos sócios da Arxo, Gilson João Pereira, como o responsável por organizar os encontros em casas de prostituição com os funcionários da BR.

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