sábado, 7 de fevereiro de 2015

Promotores argentinos farão protesto silencioso contra morte de Nisman

Promotores de Justiça da Argentina convocaram uma grande manifestação silenciosa para o próximo dia 18, quando completará um mês da morte do promotor Alberto Nisman. O ato percorrerá cerca de dois quilômetros no Centro de Buenos Aires, entre o Congresso e o edifício em que Nisman trabalhava, em frente à Praça de Maio (onde fica a sede do governo argentino). Os promotores afirmam que o percurso será feito em silêncio, em homenagem ao colega morto. E que não se trata de um protesto contra o governo. "O silêncio significa a paz que necessitam os investigadores para encontrar a verdade", disse o promotor Guillermo Marijuán, que investiga as ameaças feitas contra Nisman quando ele ainda era vivo. Nisman foi encontrado morto no mês passado, um dia antes de apresentar denúncia contra a presidente peronista populista e muito incompetente Cristina Kirchner no Congresso. Ele acusava a presidente, o chanceler Héctor Timerman e aliados políticos de conspirarem para proteger iranianos pelo maior atentado terrorista da história argentina, em 1994, contra a associação judáica Amia (Associacion Mutual Israelita Argentina). Promotores, políticos opositores e funcionários da Justiça vem se queixando da pressão do governo sobre os investigadores, principalmente sobre a promotora Viviana Fein, que apura as circunstâncias da misteriosa morte do promotor. Outro porta-voz da manifestação, o promotor Carlos Stornelli, afirmou que a morte de Nisman é grave e que "pode ser a primeira, mas não a última", referindo-se à insegurança dos investigadores. O ato também terá como bandeira a independência do Poder Judiciário, que neste momento apura outros casos politicamente espinhosos, como o esquema de lavagem de dinheiro feito por empresas da família Kirchner. Na manhã desta sexta-feira (6), o chefe de gabinete da Casa Rosada, Jorge Capitanich, criticou a manifestação e disse que o Judiciário está tentando transferir para outros poderes a culpa por não elucidar os casos. Capitanich negou interferência do Executivo na investigação da morte de Nisman e disse que é a Justiça que tem que esclarecer o que ocorreu. O regime peronista é tremendamente corrupto e agora se verifica que também é criminoso assassino.

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