quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Petrobras começa a apurar corrupção com 150 funcionários em lista de 2 mil

O comitê criado pela Petrobras para acompanhar as apurações internas sobre corrupção listou 2 mil funcionários da companhia que devem ser alvo dos investigadores contratados pela empresa, ao longo deste ano. Desses, 150 tiveram apuração considerada prioridade e já estão sendo avaliados. O grupo menor é composto de pessoas que prestam ou prestaram informações à PwC, auditoria da Petrobras, nos últimos anos, para elaboração dos balanços trimestrais da companhia. Todos os 2 mil funcionários serão alvo de verificação por parte dos escritórios TRW, brasileiro, e Gibson Dunn & Crutcher, americano, contratados pela Petrobras para tentar entender a extensão do esquema de corrupção revelado na Operação Lava Jato. Eles foram identificados por terem atuado na assinatura de contratos com as 23 empreiteiras apontadas pela Operação Lava Jato como participantes do esquema. Tais funcionários terão e-mails e ligações telefônicas rastreados. Seus objetos de trabalho serão alvo de vistorias. Para assinar o balanço, a PwC quer que a Petrobras dê baixa de valores lançados indevidamente como investimentos, mas que, na verdade, foram usados para pagamento de propina, dentro do esquema de corrupção, revelado pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e de outros delatores da Lava Jato. A lista de 2 mil pessoas foi apresentado pelo novo comitê durante a reunião de conselho de administração da Petrobras da última sexta-feira, quando Aldemir Bendine foi anunciado em substituição à Graça Foster. O comitê é composto pela ex-presidente do STF, Ellen Gracie, o consultor de governança Andreas Pohlmann e pelo diretor de Governança da Petrobras, João Elek.

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