segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Milhares de pessoas homenageiam mortos nos ataques de terrorista islâmico em Copenhague


Cerca de 30 mil pessoas participaram de uma manifestação nesta segunda-feira em Copenhague em homenagem às duas vítimas dos ataques de terrorista islâmico no fim de semana, em vigílias que se repetiram em outros pontos do país. Os ataques foram realizados na noite de sábado e tiveram como alvo um debate sobre liberdade de expressão e uma sinagoga na capital dinamarquesa. Cantando “Imagine”, de John Lennon, dinamarqueses desafiaram o terrorismo e prometeram manter o país como uma sociedade livre. Eles manifestaram ainda apoio à minoria muçulmana, depois de ser divulgado que o atirador era um dinamarquês de família palestina. Identificado pela imprensa como Omar El-Hussein, o homem de 22 anos abriu fogo no sábado em um centro cultural onde ocorria o debate “Arte, blasfêmia e liberdade de expressão”, organizado pelo cartunista sueco Lars Vilks. No ataque, um homem morreu e três guardas ficaram feridos. Horas mais tarde, ele atacou uma sinagoga a três quilômetros de distância, matando um segurança e ferindo mais duas pessoas. O atirador foi morto numa troca de tiros com a polícia em Norrebro, um bairro habitado em grande parte por imigrantes.


Líderes judeus fizeram nesta segunda-feira um apelo por calma e tolerância, enquanto a comunidade muçulmana temia represálias. "Combatemos juntos (com os muçulmanos) pelos direitos religiosos. Somos moderados. Combatemos juntos contra o extremismo e o radicalismo", declarou Dan Rosenberg Asmussen, presidente da Comunidade Judaica Dinamarquesa. Milhares de pessoas deixaram flores diante da sinagoga atacada, numa procissão silenciosa, com muitos levando as bandeiras da Dinamarca e de Israel. Uma passeata convocada pela Pegida, o movimento anti-islâmico nascido na Alemanha, atraiu apenas cerca de 50 pessoas. 

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