sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Meu nome é Bob!


O doleiro Alberto Youssef afirmou, em delação premiada à Justiça, em outubro, que o consultor Júlio Camargo — que já admitiu ter intermediado propina no esquema da Petrobras — tinha uma relação “muito boa” com o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. De acordo com Youssef, Dirceu usava o jatinho do consultor com frequência. Na contabilidade de Camargo o nome de Dirceu aparecia como “Bob”. “Julio Camargo possuía ligações com o Partido dos Trabalhadores, notadamente com José Dirceu e Antonio Palocci”, diz parte do trecho da delação premiada de Youssef à Polícia Federal. De acordo com o doleiro, o responsável pela contabilidade de Júlio Camargo, Franco Clemente Pinto, carregava sempre nas reuniões um pendrive com toda a movimentação financeira do consultor, apontado pela força tarefa da Operação Lava-Jato como o responsável pelo pagamento de propina da Camargo Corrêa e da Toyo Setal. “Franco é homem de confiança de Júlio Camargo e o responsável pela contabilidade de pagamentos ilícitos a título de propina e caixa 2″, diz o depoimento.

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