segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Jordânia diz ter destruído 20% do poder de fogo do Estado Islâmico

A Jordânia, determinada a destruir o grupo Estado Islâmico, anunciou neste domingo (8) ter atacado 56 alvos jihadistas em três dias de bombardeios, depois da execução de um de seus pilotos, queimado vivo pelos extremistas. O chefe da força aérea da Jordânia, o general Mansur Al-Jobur, declarou em uma coletiva de imprensa que os ataques aéreos desde quinta-feira (5) destruíram 20% da capacidade militar do EI, embora ele não tenha especificado os locais dos ataques. A Jordânia advertiu que tem a intenção de acabar com o grupo jihadista que matou Maaz Al-Kassasbeh, capturado em dezembro pelo EI após a queda de seu avião na Síria. "No primeiro dia de campanha para vingar o nosso piloto, destruímos 19 alvos, incluindo campos de treinamento e equipes", disse ele. Outros 18 alvos, incluindo depósitos de combustível, de munições e centros logísticos, foram bombardeados na sexta-feira (6). No sábado (7), as forças jordanianas destruíram mais 19 alvos, sendo quartéis e centros residenciais. "Até agora, a campanha já destruiu 20% da capacidade de combate do Daesh (sigla em árabe para Estado Islâmico no Iraque e no Levante)", afirmou o general. O ministro das Relações Exteriores jordaniano, Nasser Judeh, disse ao canal de TV Fox News que, nesta semana, a força aérea de Amã bombardeou os jihadistas na Síria e no Iraque, os dois países onde o EI proclamou seu "califado" (Estado que segue a lei islâmica). "Estamos determinados a aniquilar este grupo terrorista", disse Jobur durante uma coletiva de imprensa neste domingo (8), acrescentando que continuarão com os bombardeios nos próximos dias. O ministro do Interior, Hussein Majali, explicou por sua vez, citado pelo jornal Al Rai, que o cruel assassinato de Kassasbeh foi um "ponto de virada" na luta da Jordânia contra o jihadismo. O país faz parte da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos para lutar contra o EI desde setembro do ano passado. Jobur indicou que os caças jordanianos realizaram 946 dos 1.500 ataques aéreos lançados pela força internacional desde o início da campanha, acrescentando que 7.000 jihadistas morreram desde que Amã entrou para a coalizão. A facção terrorista Estado Islâmico (EI) divulgou na primeira semana de fevereiro um vídeo mostrando o piloto jordaniano Muath al-Kaseasbeh sendo queimado vivo. A vida de al-Kaseasbeh vinha sendo negociada entre o EI e os governos do Japão e da Jordânia, o qual demandava uma garantia — que nunca foi apresentada pelos radicais – de que o piloto ainda estava vivo. Al-Kaseasbeh, 26, foi sequestrado pelo EI na Síria em dezembro após a queda do seu avião. O piloto participava das forças de segurança internacionais que combatem os extremistas.

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