sábado, 14 de fevereiro de 2015

FARSA: O petista Alexandre Padilha turbina o SUS para parto da sua filha! Petista dispensou plantonistas e chamou médicos de sua confiança

Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde e candidato derrotado do PT ao governo de São Paulo, disse durante a campanha eleitoral que sua esposa, então grávida, faria o parto na rede pública do Sistema Único de Saúde (SUS), defendido pelo casal. Hoje, os portais chapa-branca dizem que o petista cumpriu a promessa, em razão do nascimento na quinta-feira (12), no Hospital Municipal Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte paulistana, de sua filha com a jornalista Thássia Alves, Melissa. Mas o SUS de Padilha está longe de ser o SUS disponível à população pobre do Brasil. Na verdade, está bem mais próximo do Sírio Libanês de Lula e Dilma. “É um SUS plus. Só o endereço é igual. O resto é tudo diferente”, disse indignado um médico intensivista que acompanhou os acontecimentos de perto. O "parto humanizado" estava programado para março, mas Thássia foi internada na terça-feira e precisou passar por uma cesárea de urgência devido a um quadro de pré-eclâmpsia, doença que se caracteriza por alterações de pressão arterial que podem levar a gestante a crises convulsivas e até à morte. Os mortais comuns do SUS costumam dispor de um obstetra e um pediatra e, quando o parto se complica um pouco, geralmente são dois obstetras e um pediatra. Já Padilha contou com o dobro de médicos na sala: três obstetras e três pediatras. Entre os primeiros, o próprio diretor do hospital que raramente vai à linha de frente. E os outros cinco eram todos do Hospital das Clínicas, da USP, em força-tarefa especial para o parto. Isso mesmo: o petista chamou os médicos de sua confiança para fazer o que tinha de ser feito dentro de um hospital público, cuja equipe de plantonistas e residentes foi dispensada. A recém-nascida foi levada à UTI Neonatal, onde os plantonistas também tiveram de ceder lugar a uma médica do Hospital das Clínicas, profissional do Instituto da Criança da USP. “Os médicos locais ficaram ofendidos, revoltados. Se você trabalha num lugar e cai uma estrela que chama alguém de fora, estão falando que ‘eu sou um bosta, que eu não tenho qualidade para atender o cidadão estrelado’”, disse o intensivista. “Mas a prefeitura está nas mãos do PT. Se alguém falar, vai sofrer retaliação”, completou, explicando que é da prefeitura a maternidade onde Thássia ficou em quarto individual com ar-condicionado – outro luxo exclusivo. Para piorar, a opção pela cesárea imediata em caso de pré-eclâmpsia, embora recomendada em outros países, é relativizada pelo Ministério de Saúde, cujo manual sugere que ainda se poderia tentar a via normal de parto se o bebê tiver condições de nascer. Ou seja: pode ter sido devidamente ignorada a própria sugestão do Ministério da Saúde, rechaçada por muita gente da área. “O ministro da Saúde, Arthur Chioro, faz política para combater cesárea, dizendo que pode matar, mas o que mata é a politização de um assunto técnico como a Medicina. Quando isso é feito, o resultado é o massacre que a gente vê na saúde pública brasileira”, comentou a fonte. O jogo de cena montado para validar a propaganda política do PT e a suposta coerência de Padilha, a quem o prefeito Fernando Haddad garantiu um emprego, também foi denunciado em nota da página Mais Médicos Fail no Facebook, segundo a qual o casal pretendia fazer a transferência do bebê para um hospital particular: Einstein ou São Luiz Morumbi. Uma blogueira da Folha de S. Paulo, que deu a notícia do parto como um cumprimento da promessa eleitoral de Padilha, escreveu a respeito: “O post mostra ainda um bate-papo de whatsapp de algum funcionário da unidade passando informações privilegiadas sobre a paciente e seu bebê, o que fere o Código de Ética Médica". A informação sobre o bebê, na verdade, está no post e foi devidamente reproduzida pela blogueira. A imagem do whatsapp mostra apenas informações básicas sobre os procedimentos incomuns e privilegiados adotados dentro de um hospital da rede pública por um político defensor do SUS na hora em que sua família precisou de seus serviços. Desmentir em atitudes o próprio discurso político embusteiro, sim, fere o Código de Ética humana – e é dever moral de qualquer cidadão de bem denunciar a farsa. De resto, desejo toda a saúde do mundo a Thássia e Melissa. Lamento apenas que o SUS turbinado – ou plus, ou VIP, ou cinco estrelas – de Padilha seja, ainda, um privilégio de poucos. Felipe Moura Brasil

Um comentário:

Cristiano disse...

Os primeiros a dizerem que filhos de ricos têm que estudar em escola pública (dominada por comunistas) usam estrutura pública para aplicar tratamento particular. Oh os do "pôvu" aí gente!