sábado, 7 de fevereiro de 2015

Farc propõem deixar luta armada e virar partido se governo aceitar acordo

A guerrilha terrorista comunista e narcotraficante das Farc se comprometeu neste sábado em Havana a abandonar a atividade armada e se transformar em um partido político se o governo colombiano cumprir as reformas e garantias solicitadas. As Farc "se comprometerão no que lhes couber a contribuir para a não repetição" das causas que geraram o atual conflito armado de meio século, disse a guerrilha colombiana em um comunicado lido à imprensa pelo negociador Jesús Santrich no início das negociações de paz com o governo de Juan Manuel Santos. Os terroristas cometeram inomináveis crimes nas cinco décadas e agora querem escapar das consequências e da responsabilidade criminal. As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) garantem "sua contribuição para o fim do confronto armado, (...) sua decisão de se transformar em um movimento político que impulsione transformações estruturais e a ativa participação na construção da memória e da verdade histórica, e de ações reparadoras". Ao mesmo tempo, pedem ao governo uma série de ações imediatas, entre elas um cessar-fogo bilateral, a suspensão de alguns projetos de investimento em mineração e energia e o fim de medidas legislativas que sejam contrárias às negociações de paz. A petulância dos criminosos narcotraficantes chega ao ponto de querer fazer imposições ao governo. Também exigem "reformas estruturais para a não repetição (de ações) e reconciliação nacional", a proscrição do anticomunismo, a desmilitarização da sociedade e a reforma das forças militares, assim como a depuração do aparato de segurança do Estado. Ou seja, as condições dos terroristas narcotraficantes são simplesmente inaceitáveis. Outros pontos que pedem são a erradicação do paramilitarismo, garantias para o exercício político e a "formação da 'Comissão constitucional permanente de garantia, proteção e promoção dos direitos humanos e de prevenção de suas graves violações'". Esses crápulas falando em direitos humanos mostra o quanto se tornou irrisória essa consigna. Os representantes das Farc e da delegação do governo, liderada por Humberto de la Calle, discutem atualmente o complexo tema da reparação às vítimas do conflito, depois de terem entrado em acordo sobre os primeiros três temas da agenda das negociações, iniciadas em novembro de 2012.

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