sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Estaleiro QGI pára suas atividades em Rio Grande, a crise do Petrolão chega ao pólo naval gaúcho

Foi confirmada esta manhã a informação de que o estaleiro do consórcio QGI, antigo Quip, paralisou mesmo os trabalhos de montagem das plataformas P-75 e P-77 em Rio Grande. Não se sabe o que fará o consórcio com os 4 mil trabalhadores que seriam contratados. O QGI é controlada por Queiroz Galvão e Iesa, cujos diretores foram presos por ordem do juiz Sérgio Moro, de Curitiba, no âmbito da Operação Lava Jato. A Iesa já quebrou o Pólo Naval do Jacuí. O QGI quer aditivos aos contratos atuais, porque considera inaceitáveis os valores atuais. O custo total das duas plataformas, englobando não apenas os trabalhos do consórcio, é de US$ 1,6 bilhão. A situação de todo o Pólo Naval de Rio Grande é considerada desesperadora. Outros estaleiros também passam sinais de que poderão ter problemas, mas neste momento não admitem anormalidade alguma. São os casos da Ecovix e da EBR. Toda a crise tem a ver com a desordem e a devassa que ocorrem na Petrobrás, consequência direta da corrupção que pode ter resultado em prejuízos de R$ 88 bilhões. Nesta quinta-feira, o governador Ivo Sartori (PMDB) recebeu sindicalistas do Pólo Naval de Rio Grande, que pediram ajuda. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Benito Gonçalves, que comandou protestos no dia 12, não descarta novas manifestações. O problema é do governo federal, mas Benito reclama do governo estadual. Sartori falou ontem sobre o caso com o presidente da Força Sindical, Miguel Torres. O governo quer que o secretário do Desenvolvimento, Fábio Branco, ajude os sindicalistas e as empresas. Fábio Branco foi prefeito de Rio Grande e conhece bem o caso, tem até intimidade com as empresas petroleiras.

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