quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Diplomata reconhece corpo de brasileiro desaparecido na Indonésia


Um diplomata da embaixada brasileira na Indonésia confirmou que o corpo encontrado na terça-feira é de Fernando Vieira Campello, desaparecido desde a madrugada de sexta-feira na ilha de Gili Trawangan, em Bali, onde passava férias com amigos. A mãe do brasileiro, Luciana Vieira, que vive na Austrália, havia negado que o corpo encontrado fosse do filho, mas confirmou a identidade ao analisar fotografias e um exame de raio-X, que mostrou a presença de um pino em uma das pernas do corpo. Campello foi visto pela última vez quando voltava para o hotel após passar mal em uma festa. Na ilha desde o último domingo para procurar o filho, Luciana Viera chegou a usar sua página no Facebook para demonstrar desconfiança quando as autoridades locais determinaram a realização de um exame de DNA no corpo localizado. De acordo com o Itamaraty, ela estava muito abalada e não viu o filho morto. A mãe pediu a realização de uma autópsia para detectar a razão da morte, que pode demorar de uma a duas semanas para ser concluída. A família ainda não decidiu se vai levar o corpo para Austrália ou para o Brasil. Nesta quinta-feira, a mãe chegou a dar entrevista para o jornal australiano Gold Coast Bulletin  para afirmar que o filho ainda estava vivo. "O corpo devia estar na água há algumas semanas porque está muito desfigurado e meu filho está desaparecido somente há alguns dias", disse. Ela pediu ao consultado da Austrália para acompanhá-la na realização do teste de DNA porque não confiava nas autoridades indonésias, mas como ela estava viajando com passaporte brasileiro, o pedido foi negado. Familiares e amigos organizaram nesta quarta-feira um protesto em frente ao consulado da Indonésia em São Paulo para pedir ajuda do governo local nas buscas. Pedidos de doações foram feitos nas redes sociais para custear a permanência de Luciana e mais seis amigos de Campello que continuavam na ilha procurando-o por conta própria. Campello morava com a mãe e o irmão na Gold Cost, na Austrália, há cerca de três anos e se preparava para voltar ao curso de odontologia na Bond University. De acordo com o jornal australiano Gold Coast Bulletin, Campello teria relatado ouvir vozes e passou mal após tomar uma bebida alcoólica na festa. Um amigo que bebeu também se sentiu mal, mas eles se separaram no trajeto entre a festa e o hotel. No dia seguinte, o grupo constatou que Campello não estava em seu quarto e acionou a polícia.

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