terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Depoimento de Venina Velosa na Justiça Federal em Curitiba hoje é o veneno do dia no Petrolão, dose de cicuta para o petralhismo

O depoimento da ex-funcionária da Petrobras, Venina Velosa da Fonseca, que foi gerente executiva da área de Abastecimento, é o mais esperado deste segundo dia de audiência na 13ª Vara da Justiça Federal do Paraná. Venina Velosa entregou milhares de documentos e arquivos de computador ao Ministério Público Federal e afirmou que toda a diretoria da Petrobras sabia do esquema de desvio de dinheiro da estatal. Seu primeiro depoimento ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, será dado no processo que envolve executivos da empreiteira Engevix. Venina foi também conselheira da refinaria de Abreu e Lima e uma das responsabilizadas por irregularidades na obra pela Comissão Interna de Apuração da Petrobras, o que resultou em sua demissão da empresa. Venina depõe no lugar de João Procópio de Almeida Prado, que operava as contas e as offshores abertas por Youssef no Exterior. Os advogados de Almeida Prado disseram que ele sofre com dores na coluna e ficaria em silêncio durante o depoimento, aguardando para se pronunciar apenas nos dois processos em que ele aparece como réu. Também vão depor nesta terça-feira, a partir das 14 horas: Leonardo Meirelles, que fez remessas ilegais de dinheiro ao Exterior usando falsos contratos de importação em nome do laboratório Labogen; Meire Bomfim da Silva Poza, contadora do doleiro Alberto Youssef que denunciou a assinatura de contratos falsos com empreiteiras; o empresário Augusto Ribeiro Mendonça Neto, do grupo Toyo Setal, e o consultor Júlio Gerin de Almeida Camargo. Leonardo Meirelles, que já foi condenado por atuar como laranja de empresas de fachada no caso Petroforte, agora, segundo o Ministério Público Federal, atua como doleiro. O advogado do doleiro Alberto Youssef afirmou que os dois trabalharam juntos mas agora são rivais e que Meirelles quer prejudicar seu cliente. Por isso, não descarta uma acareação entre os dois. Meirelles afirmou que Youssef tem mais bens do que aqueles entregues ao Ministério Público Federal. Caso seja comprovado, Youssef corre o risco de ter seu acordo de delação premiada revisto e até mesmo cancelado. As provas do que ele contou aos procuradores, porém, continuam sendo válidas. Mendonça Neto e Camargo falarão pelo segundo dia consecutivo. Os dois assinaram acordo de delação premiada e entregaram diversas provas de pagamento de propinas aos grupos liderado pelos ex-diretores da Petrobras Renato Duque e Paulo Roberto Costa. Camargo também apresentou provas de pagamento de propina para a área internacional da estatal, que era comandada por Nestor Cerveró e cuja propina seria destinada ao PMDB por meio do lobista Fernando Soares. Os depoimentos dados na tarde de segunda-feira ainda não foram liberados pela Justiça Federal do Paraná. 

Um comentário:

Unknown disse...

Não teremos cadeias bastante, para esta quantidade de malfeitores, o BRASIL está fazendo uma limpa nos quadros políticos de tantos desonestos. Parabens aos Juizes, promotores e Policia Federal. Belíssimo trabalho.