sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

CVM abre processo sobre saída desabalada da petista Graça Foster e diretores da Petrobras


A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu nesta quinta-feira um processo administrativo para analisar a renúncia desabalada da presidente da Petrobras, a petista Graça Foster, e cinco diretores da companhia. A estatal comunicou a saída de praticamente toda sua cúpula na quarta-feira, depois de meses de pressão por causa das investigações envolvendo o esquema de corrupção na empresa.  A CVM tem cobrando explicações da Petrobras desde terça-feira, quando a petista Graça Foster se reuniu a portas fechadas com Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, em Brasília, e acertou sua saída, com forte impacto sobre o mercado – as ações da estatal tiveram alta de 14%. Pressionada, a estatal divulgou na quarta-feira um comunicado lacônico – meras três linhas –, informando a renúncia de Graça e cinco diretores, sem se importar em citar quais. A CVM considerou o informe insuficiente e pediu mais explicações. Depois de quase um dia inteiro de rumores, a Petrobras finalmente publicou na noite de quarta-feira os nomes dos diretores que deixarão seus cargos: Almir Guilherme Barbassa (Financeiro), José Miranda Formigli (Exploração e Produção), José Carlos Cosenza (Abastecimento), José Alcides Santoro (Gás e Energia) e José Antônio de Figueiredo (Engenharia, Tecnologia e Materiais). Nesta quinta-feira, o presidente da Transpetro, Sergio Machado, apresentou à direção da Petrobras seu pedido de renúncia. Por meio de um comunicado, ele se afastou do controle da subsidiária, posto que ocupava desde 2003.

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