quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Comissão de Ética pede explicações a Cardozo pela 2ª vez em 15 meses

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República resolveu cobrar explicações do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Quer que ele diga a natureza das conversas que andou mantendo com advogados de empreiteiras. Recebidas as explicações, a comissão pode pôr um ponto final na sua curiosidade ou continuar apurando. O máximo que pode fazer é recomendar a sua demissão.

É claro que não vai acontecer. A tendência é que o grupo se dê por satisfeito. Afinal, que mal há em um ministro da Justiça, como revelou VEJA, atuar para impedir que um empreiteiro faça delação premiada, garantindo a seu advogado que a oposição também será tragada pela Lava-Jato e oferecendo, como bônus, a certeza de que Lula vai entrar na parada?
Aliás, é a segunda vez que a Comissão de Ética Pública da Presidência cobra explicações deste senhor. A outra, em dezembro de 2013, estava relacionada à sua atuação heterodoxa junto ao Cade, na investigação do cartel de trens em São Paulo.
Deve haver algum motivo para Cardozo atrair tanto o interesse da Comissão de Ética. E olhem que a independência não chega a ser, assim, o forte da dita-cuja. Por Reinaldo Azevedo

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