quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Carrasco britânico do Estado Islâmico é formado em computação e estava na lista de vigilância


O terrorista britânico do Estado Islâmico conhecido como “Jihadi John” teve sua identidade revelada. O londrino Mohammed Emwazi, que tem 26 anos, foi responsável pelas mortes filmadas de vários reféns do grupo, como o jornalista americano James Foley e o agente humanitário inglês David Haines. Ele era vigiado por autoridades desde 2009 por conta de indícios de aproximação com o extremismo. De acordo com pessoas próximas, ele nasceu no Kuwait, tem família de boa condição financeira, é formado em ciências de computação na Universidade de Westminster e está na Síria desde 2012, após ser deportado da Tanzânia, em 2010, quando supostamente faria um safári no país africano. A primeira aparição de Emwazi em um vídeo foi quando ele decapitou o jornalista americano James Foley, sequestrado dois anos antes. Outras vítimas de Jihadi John — cujo apelido teria sido dado por reféns que percebiam seu sotaque britânico — foram o também jornalista americano Steven Sotloff, os agentes humanitários David Haines e Abdul-Rahman (Peter) Kassig e o taxista britânico Alan Henning. Desconfia-se que Emwazi tenha sido responsável ainda pelas mortes dos reféns japoneses Haruna Yakawa e Kenji Goto. No entanto, como as mensagens que anunciam a morte de ambos não possuem vídeos, não é possível confirmar.
 

De acordo com parentes e amigos, a voz do terrorista nas mensagens dos Estados Unidos sem dúvida é a de Emwazi. A antiga casa de Emwazi foi revistada pela polícia londrina nesta quinta-feira, temendo retaliações e colhendo possíveis provas. Morador de Londres desde os 6 anos, Emwazi foi deportado pela Tanzânia em 2009, quando foi ao país supostamente para fazer um safári. Ele alegou que desconfiavam de que ele fosse lutar ao lado do grupo terrorista as-Shaabab, na Somália, o que ele negou. O Mi-5 tentou contratá-lo como informante. Diretor de pesquisa da Cage, uma organização de advogados contra as intervenções militares no Oriente Médio, Asim Qureshi diz que se reuniu com Emwazi após sua detenção. 'John' então foi ao país natal, o Kuwait, onde conseguiu um emprego em computação. Em uma de suas voltas a Londres, em 2010, foi detido e teve pertences apreendidos, sendo proibido de viajar. "Mohammed se dizia muito irritado pela forma como foi tratado. Disse que tinha um emprego e se casaria, mas se sentia um prisioneiro controlado pelos serviços de segurança. Era um jovem que parecia disposto a usar qualquer forma dentro do maquinário do Estado para reverter sua criminalização", afirmou. Emwazi fazia parte de listas de vigilância de contraterrorismo dos EUA e do Reino Unido. Ele também era vigiado pelo MI-5 desde 2011 por ser ligado a uma rede de 13 pessoas de Londres que iriam à Síria. Não se sabe como ele chegou ao país. Mas já se sabe que a tal de vigilância do MI-5 não vale um ovo podre. 

Nenhum comentário: