quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Capitão covarde do navio cruzeiro Costa Concordia é condenado a 16 anos de prisão


O capitão do navio de cruzeiro Costa Concordia foi condenado nesta quarta-feira a 16 anos e 1 mês de prisão pelo desastre. O covardaço Francesco Schettino comandava o navio de cruzeiro no dia 13 de janeiro de 2012, quando a embarcação tombou perto de uma ilha da Toscana, em uma tragédia que deixou 32 mortos. Ele poderá recorrer em liberdade, uma vez que o tribunal descartou o risco de fuga. Schettino foi condenado a 10 anos por múltiplos homicídios culposos, a 5 anos por desastre culposo e a 1 ano por abandono de menor ou incapaz. O tribunal, que considerou provado que Schettino abandonou o navio, excluiu o agravante de culpa consciente mencionado pelos promotores durante o julgamento, que começou em 17 de julho de 2013. O comandante foi inabilitado durante cinco anos e seis meses de exercer a função e tem impedimento perpétua para exercer cargos públicos. Ele negou as acusações e disse que foi feito bode expiatório no caso. Sua defesa argumentou que o acidente ocorreu devido a uma falha coletiva da tripulação e que a culpa pelo desastre deveria ser compartilhada. Após sete horas de deliberações, Giovanni Puliatti, presidente do colégio de juízes da corte de Grosseto, decidiu pela condenação inferior à que havia sido solicitada pela promotoria, de 26 anos e três meses de prisão. Apesar de não estar presente no momento da leitura da sentença – segundo seus advogados, ele teve de se ausentar por estar com febre –, o capitão deu uma declaração no último dia do julgamento. “Toda a responsabilidade caiu sobre mim sem nenhum respeito pela verdade ou a memória das vítimas”, disse. 


Francesco Schettino e a empresa Costa Concordia, como responsável civil, terão que ressarcir economicamente várias partes civis, entre elas a região da Toscana, alguns ministérios, a Defesa Civil italiana e a prefeitura de Giglio, em cujo litoral o navio ficou encalhado. Em processo paralelo sobre o naufrágio já foram pronunciadas penas de 23 meses e 18 meses de prisão para os oficiais Ciro Ambrosio e Silvia Coronica, respectivamente; de 20 meses para o timoneiro Jacob Rusli; de 30 meses para o chefe de bordo, Manrico Giampedroni, e de 34 meses para Roberto Ferrarini, chefe da unidade de crise em terra da Costa Cruzeiros, proprietária do barco. 

 

O cruzeiro Costa Concordia voltou a flutuar no dia 14 de julho de 2013 com a ajuda de 30 contêineres de ar que ajudam a dar sustentação para o navio. A embarcação estava parcialmente submersa e apoiada numa estrutura provisória construída para o barco não voltar a tombar. Essa operação para fazer o barco voltar a flutuar estava prevista para durar cinco dias.

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