domingo, 1 de fevereiro de 2015

BRASIL, FINALMENTE, ESTÁ LIVRE DA FIGURA DE JOSÉ SARNEY, ELE NÃO É MAIS SENADOR, ELE NÃO TEM MAIS MANDATO ELETIVO

Um dia depois de ter oficialmente encerrado um ciclo de 24 anos no Senado, o ex-presidente e ex-senador José Sarney (PMDB) criticou a decisão da Petrobras de suspender as obras da refinaria Premium 1, em Bacabeira (MA). As críticas foram publicadas neste domingo (1º) em seu artigo semanal no jornal "O Estado do Maranhão", de propriedade de sua família. Para Sarney, a decisão de suspender a obra – anunciada pela Petrobras na última quinta-feira (29) – é uma demonstração de "discriminação, desprezo, ingratidão e injustiça" do governo. "Que culpa tem o Maranhão pela corrupção e pela bagunça da Petrobras? Pagamos nós pela Lava Jato! Eu não aceito essa decisão de acabar com a refinaria em nossa terra", disse o ex-senador. Num cenário em que as principais empreiteiras do País são investigadas na operação Lava Jato, da Polícia Federal, sob suspeita de corrupção, Sarney sugeriu que a Petrobras abrisse a construção da refinaria para empresas estrangeiras. Ele escreveu ainda que espera ver revertida a decisão de suspender a refinaria, mesmo que não esteja vivo para vê-la inaugurada. "Posso não estar mais vivo, mas sei que, se mantivermos a luta, classes empresariais, povo, governo, todos unidos, essa decisão será revertida e um dia vamos ver a refinaria do Maranhão".


O ex-senador também fez críticas veladas ao novo governador maranhense Flávio Dino (PCdoB) ao afirmar que o Maranhão recebeu a notícia de suspensão da obra "de maneira apática". E ainda classificou o mês de janeiro – que marcou a posse de Flávio Dino e a saída de seu aliado Edison Lobão (PMDB) do Ministério das Minas e Energia – como fatídico para o Maranhão. "Neste mês fatídico o Maranhão desceu ladeira abaixo. Deixou de ter ministros e não temos mais uma voz forte para fazer a defesa de nossa gente, em cargo nenhum da República", afirmou. Também sobrou para a equipe econômica do governo federal, criticada por, segundo o ex-senador, não aplicar uma política efetiva de combate às desigualdades regionais. "A área econômica do governo é indiferente, ou mesmo hostil, a medidas que possam fazer os Estados pobres competitivos, capazes de atrair investimentos que normalmente vão para os Estados ricos", disse.

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