quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

PRODUÇÃO DE VEÍCULOS NO PAÍS CAI 15,3% EM RELAÇÃO A 2013


Após subir 9,9% em 2013 ante 2012, a produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no mercado brasileiro caiu 15,3% em 2014 em relação a 2013, divulgou nesta quinta-feira, 8, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). No ano passado, foram produzidas 3.146.118 milhões unidades, ante 3.712.380 milhões em 2013. Só em dezembro, foram fabricados 203.760 mil veículos, quedas de 23,1% ante novembro e de 11,8% em comparação com o mesmo mês de 2013. Considerando apenas automóveis e comerciais leves, a produção em 2014 chegou a 2.973.215 unidades, 14,7% a menos do que em 2013. Em todo o ano passado, foram produzidos 2.314.789 automóveis e 658.426 comerciais leves. Só em dezembro, foram fabricados 199.452 mil automóveis e comerciais leves, baixas de 20,6% ante novembro e de 10,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior. A produção de caminhões, por sua vez, recuou 25,2% em 2014 na comparação com 2013, ao atingir 139.965 unidades. Desse total, 3.704 foram fabricados em dezembro, o que significa baixas de 68,6% ante novembro e de 49,6% ante dezembro do ano anterior. No caso dos ônibus, foram produzidas 32.938 mil unidades em 2014, queda de 17,9% na comparação com 2013. Apenas em dezembro, foram fabricados 604 ônibus, 67,2% a menos do que em novembro e 63,3% a menos ante dezembro de 2013. As vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus caíram 7,1% em 2014 ante 2013, ao somarem 3.498.012 unidades, informou a Anfavea. Os números foram divulgados em meio à paralisação de funcionários da Volkswagen após um corte de 800 funcionários na volta do Ano Novo. Trabalhadores da Mercedes-Benz, montadora que também dispensou 230 empregados após a virada do ano, retomaram suas atividades nesta quinta-feira, 9. O presidente da Anfavea, Luiz Moan, declarou que o setor não pedirá incentivos ao governo, apesar de prever um primeiro semestre de 2015 difícil. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 8, apontam retração de 0,7% na produção industrial de novembro ante outubro do ano passado. Entre os ramos pesquisados, o de veículos automotores, reboques e carrocerias apresentou um crescimento de 1,2% na mesma base de comparação. Entretanto, o setor ainda não vive uma retomada, ressaltou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “O saldo dos últimos cinco meses para veículos automotores é de uma alta de 24,3%. Essa informação por si só poderia sinalizar que o setor está se recuperando. Mas, de março a junho, o recuo foi de 28%. Estou crescendo 24% sobre uma queda de 28%. É alta sobre um patamar bastante reduzido”, explicou Macedo. Na comparação com novembro de 2013, a fabricação de veículos teve queda de 14,4%. A atividade teve a principal contribuição para a queda de 5,8% na indústria no período, seguida por produtos alimentícios. “Se tem algum tipo de recuperação mais recente no setor de veículos como um todo, isso se deve a uma base de comparação mais baixa. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a atividade permanece como maior impacto negativo para o total da indústria”, disse Macedo. O gerente do IBGE citou algumas causas que explicam as perdas na atividade: a evolução menor da demanda doméstica, os estoques mais elevados, as importações menores para países como a Argentina, o impacto sobre a redução dos investimentos para a fabricação de caminhões, e o reflexo disso tudo no setor de autopeças. “Ainda há um impacto muito grande para ser recuperado sobre essa atividade”, avaliou Macedo. “O segmento de veículos aparece isolado na frente como o principal impacto de queda no total da indústria no acumulado do ano. É a principal contribuição negativa”, acrescentou. De janeiro a novembro, a produção de veículos já recuou 17,3%. No mesmo período, a indústria acumula retração de 3,2%.

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