sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Polícia Federal está investigando o publicitário baiano Nizan Guanaes, dono das agências Morya e Escala, que foram contratadas pelo peremptório petista Tarso Genro para o atender o governo gaúcho


Uma investigação paralela do chamado "Mensalão" pode respingar no publicitário Nizan Guanaes, dono das agências Morya e Escala, que foram contratadas pelo peremptório petista "grilo falante" e tenente artilheiro e poeta de mão cheia Tarso Genro para atender o seu governo, faturando nele mais de R$ 100 milhões. África e DM9 também são de Nizan Guanaes, que é um dos mais conhecidos publicitários do País. A apuração é fruto de uma denúncia feita pelo empresário Marcos Valério de Souza, condenado no Mensalão do PT. Segundo ele, a Portugal Telecom pagou 2,6 milhões de euros a fornecedores do PT, que atuaram nas campanhas de 2002. Um desses fornecedores seria Nizan Guanaes (na foto, ao alto, à direita). De acordo com reportagem do jornal O Globo, que por razões provavelmente comerciais omite o nome de Nizan Guanaes, o processo avançou. No último dia 9 de janeiro, foi interrogado, em Lisboa, por meio de carta rogatória, o executivo Miguel Horta e Costa, ex-presidente da Portugal Telecom. Em 2005, ele teria sido visitado pelo empresário Marcos Valério e por Emerson Palmieri, à época tesoureiro do PTB, em Lisboa. Naquele encontro, teria sido acertado o pagamento aos fornecedores do PT por meio de uma subsidiária da Portugal Telecom em Macau. Os portugueses pagaram, segundo Marcos Valério, porque tinham interesse em adquirir a Telemig Celular. Um dos credores do PT, beneficiado na transação, segundo Marcos Valério, seria o publicitário Nizan Guanaes, que, em 2002, fez a campanha ao governo do Rio de Janeiro do então candidato Jorge Bittar. Além dele, os recursos também teriam sido usados para pagar showmícios da dupla Zezé di Camargo & Luciano. Embora Nizan Guanaes seja um dos principais beneficiários da transação apontada pelo publicitário Marcos Valério, o foco do jornal O Globo, em sua reportagem de hoje, é outro: o ex-presidente e alcaguete Lula X9 (ele delatava companheiros para o Dops paulista, durante a ditadura militar, conforme Romeu Tuma Jr, em seu livro "Assassinato de Reputações"). De acordo com dois parlamentares da oposição, o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) e o senador Agripino Maia (DEM-RN), o pagamento teria sido determinado por Lula X9. E os dois não escondem aonde querem chegar. "Nós vamos agir em duas frentes para saber se há previsão de ouvir o ex-presidente Lula aqui. Primeiro vou solicitar ao procurador Rodrigo Janot o envio de informações sobre o depoimento do ex-executivo da Portugal Telecom. Se ele não teve acesso ao processo que corre em Portugal, então nós vamos propor a criação de uma comissão externa do Senado para ir lá acompanhar o processo. Se o ministro Janot já estiver de posse dessas informações e der conhecimento ao Senado, não há necessidade de irmos lá", disse Caiado. Agripino Maia foi mais longe. "A providência de requerer o depoimento do senhor Miguel Horta é o primeiro e fundamental passo. Se o processo não anda aqui, pode andar lá. Portugal e Espanha estão dando especialíssima atenção a investigações de crimes do colarinho branco envolvendo políticos. Se há conexão com o PT e Lula, aqui, vai ter desdobramentos. Lula pode acabar sendo apanhado por uma circunstância secundária ao mensalão", afirmou.

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