sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Camargo Corrêa deve fechar acordo de delação com Ministério Público

A Camargo Corrêa deve fechar o acordo de delação premiada em torno da Operação Lava Jato, que investiga desvio de recursos na Petrobras. Ele pode ser finalizado já na próxima semana, segundo envolvidos na negociação entre a empreiteira e o Ministério Público. As conversas entre as duas partes, que se intensificaram no fim do ano, tinham empacado por divergências em relação à amplitude do que executivos da empreiteira deveriam delatar. O Ministério Público almejava que ela não apenas confirmasse esquemas criminosos na Petrobras - mas que também desse informações novas sobre corrupção em outras áreas de diversos níveis de governo. A empreiteira refutava. Depois de muitas idas e vindas, o "escopo" da delação já caminharia para algo consensual. As obras da usina hidrelétrica de Belo Monte, tocadas por consórcio integrado pela Camargo Corrêa, devem ser objeto da delação. Eventuais denúncias, no entanto, não afetariam o atual ritmo das obras. Em determinado momento, os procuradores chegaram a exigir que a Camargo Corrêa fizesse revelações sobre outra investigação, a Castelo de Areia, de crimes financeiros envolvendo políticos e a empresa. Essa operação foi anulada na Justiça, que considerou que as provas que deram início a ela eram ilícitas. Se a empreiteira falasse sobre o tema, a Castelo poderia então ser retomada. Não houve acordo.

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