quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Aeroportos do país registram atrasos e cancelamentos em dia de protesto


Em dia de paralisação de aeronautas e aeroviários no início da manhã de hoje (22), a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) registrou, até as 10 horas, 148 vôos domésticos atrasados (19,5% do total) e 66 cancelados (8,7% do total), dos 760 programados. Os aeroviários e aeronautas pedem aumento de 8,5% nos salários e benefícios, melhores condições de trabalho e estabelecimento de piso salarial para os agentes que fazem o check-in, entre outras reivindicações. A proposta do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) e da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) inclui reajuste de 6,5% para os salários e de 8% para alguns benefícios. No Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, dos 36 vôos domésticos programados, 20 estavam atrasados. Em Curitiba, o Aeroporto Internacional Afonso Pena registrou 11 vôos atrasados dos 35 previstos. No Aeroporto Internacional de Florianópolis - Hercílio Luz, dos 15 vôos domésticos previstos, seis estavam em atraso. No Aeroporto Internacional de Salvador - Deputado Luis Eduardo Magalhães, sete vôos estavam atrasados dos 46 programados. Em nota, a Abear informou que a paralisação dos trabalhadores teve, em consequência das ações gerenciais adotadas pelo setor, impacto mínimo para os passageiros. “No entanto, ainda assim o movimento causou impacto em mais de 20% da operação prevista, não garantindo um efetivo mínimo de 80% dos colaboradores, estabelecido pelo Judiciário. Honrando seu compromisso de transportar os brasileiros com segurança e qualidade, as companhias aéreas estão normalizando as operações e adotando as medidas judiciais cabíveis”, acrescentou. Ontem, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que aeronautas e aeroviários mantenham 80% do pessoal trabalhando durante a paralisação. Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, comandante Adriano Castanho, a categoria quer melhores condições de trabalho e escalas mais justas, como, por exemplo, a redução do número de madrugadas consecutivas trabalhadas, que pode chegar a cinco, e maior número de folgas. Ele informou que os aeronautas podem ficar até 22 dias fora de casa, com oito dias de folga no mês. Os sindicatos da área são todos petistas, assim como a confederação, que é filiada à CUT.

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