sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Ações da Petrobras caem 18% na semana e têm menor valor em 11 anos

As ações da Petrobras tiveram novo tombo nesta sexta-feira (30) e atingiram seu menor valor em mais de 11 anos, após a agência de classificação de risco Moody's ter rebaixado todas as notas de crédito da companhia, citando preocupações com investigações sobre corrupção na estatal e possível pressão sobre a liquidez da empresa em função de atraso na divulgação do balanço auditado. Os papéis preferenciais da Petrobras, mais negociados e sem direito a voto, perderam 6,51%, para R$ 8,18 cada um. É o menor valor desde 10 de novembro de 2003, quando valia R$ 8,08. Já as ações ordinárias da estatal, com direito a voto, recuaram 5,08% no dia, para R$ 8,04 cada uma – menor preço desde 27 de agosto de 2003, quando era cotada em R$ 7,97. Apenas nesta semana, os papéis da companhia perderam, respectivamente, 18,20% e 15,55%, terminando o mês de janeiro com fortes desvalorizações de 18,36% e 16,16%. Foi o quinto mês consecutivo de baixa para os ativos da estatal na BM&Fbovespa. O desempenho voltou a empurrar o Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, para o vermelho. A desvalorização foi de 1,79% nesta sexta-feira, para 46.907 pontos. O volume financeiro foi de R$ 8,068 bilhões. Na semana, o índice recuou 3,83%, acumulando perda de 6,20% em janeiro. Para Ricardo Kim, analista da XP Investimentos, "a situação segue complicada" para a Petrobras, principalmente por causa do elevado nível de endividamento da empresa (4,63 vezes é a relação entre a dívida líquida e a geração operacional de caixa da companhia). "Se não emitir o balanço do quarto trimestre de 2014 auditado até junho, dívidas futuras serão antecipadamente consideradas vencidas. Sabemos que ainda estamos longe dessa situação, quatro meses, mas é algo que preocupa, pois a própria presidente da companhia destacou que pode demorar mais de dois anos para descobrir 'todos os problemas' da petroleira", afirma em relatório.

Nenhum comentário: