sábado, 6 de dezembro de 2014

Preço do petróleo já caiu 36% este ano e valor menor já ameaça custo do pré-sal; Dilma mostra aflição com queda nas cotações das commodities

A presidente Dilma Roussef voltou a tentar transferir para a conjuntura econômica internacional os maus momentos pelos quais passa o PIB no Brasil, tudo por conta da suas trapalhadas no governo. Ela chegou a se referir aos preços em queda do petróleo, que levam junto as cotações das commodities, para se justificar. O pré-sal, sim, corre risco. Mantidas as condições atuais do preço do barril de petróleo no mercado internacional, o desenvolvimento de áreas no pré-sal sob o regime de partilha pode ser afetado, afirmam analistas. O preço da principal referência internacional de petróleo (Brent) está em trajetória de queda e recuou nesta quinta-feira (4) para US$ 69,64 o barril. Esse valor é considerado próximo do limite para a viabilidade comercial de áreas do pré-sal exploradas sob regime de partilha, dizem cálculos do CBIE (Centro Brasileira de Infraestrutura). Para o instituto, os custos para extrair o óleo de águas profundas são altos e o negócio só é viável com um barril entre US$ 60 e US$ 70. A Petrobras afirma que o desenvolvimento de sua produção no pré-sal é comercialmente possível com um barril a até US$ 45. O Plano de Negócios e Gestão da empresa para o período de 2014 a 2018 considera um barril a US$ 105 em 2014, caindo para US$ 100 até 2017 e US$ 95 no longo prazo. São números, portanto, bem acima da atual cotação, em queda que foi acentuada após a decisão da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) de não reduzir a demanda para manter preços que façam competição com a produção de gás e o óleo de xisto nos Estados Unidos. O combustível de xisto é uma alternativa mais barata que os combustíveis fósseis convencionais e especialistas dizem que ele só não seria mais barato que o carvão. Também contribui para o recuo os seguidos anos de baixa atividade mundial. No ano, o preço do barril já acumula queda de 36%.

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