terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Polícia Federal indicia operador do PMDB por corrupção e lavagem

A Polícia Federal indicou o operador do PMDB, Fernando Antônio Falcão Soares, o Fernando Baiano, por organização criminosa, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. “Fernando Soares operou ativamente no esquema de recebimento de valores de propina, e posterior lavagem, para propiciar às empresas facilidades em sua contratação na Diretoria Internacional”, sustenta a Lava Jato. Preso desde o dia 21 de novembro, Fernando Baiano é o principal personagem, segundo a força-tarefa, para chegar ao esquema de corrupção e propina na compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Sua ligação com o PMDB e o ex-diretor Nestor Cerveró foi apontada no documento que servirá para elaboração de denuncia criminal no caso. “Elementos colhidos até aqui apontam para a existência de um outro "operador", Fernando Antônio Falcão Soares, para partido político diverso – PMDB – e controlando esquema de corrupção e lavagem em outra diretoria”, informa o relatório da Polícia Federal.


Segundo a Polícia Federal, Fernando Baiano foi o operador da Diretoria de Internacional “enquanto foi de titularidade de Nestor Cerveró". De acordo com o relatório, a forma de operação de Baiano seria a mesma adotada pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, em nome do PP, na Diretoria de Abastecimento. Pelo esquema, eles arrecadavam de 1% a 3% dos contratos: “Porcentagem sobre contato firmamos com a estatal seriam divididos pelas empreiteiras interessadas, e tais valores, em uma verdade lavagem transnacional e sofisticada, cruzavam contas de empresas, pessoas, países, até chegarem às mãos daqueles que foram corrompidos para permitir o esquema de facilidades continuasse". Apontando a existência de “meros courries” e “grandes pagadores de propinas” para sustentar por tempo prolongado o “esquema criminoso”, tais operadores tinham como objetivo “a obtenção de facilidades nos contratos com a Petrobrás”. Para isso, os grupos acusados na Lava Jato teriam usado práticas como “abertura de contas bancárias em nome” de laranjas, “fluxo mascarado do dinheiro, celebração de contratos "de papel" para esquentar a saída de dinheiro na contabilidade dos corruptores, uso de doleiros para propiciar a disponibilização de valores fora do País”. 

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