quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Juiz nega liberdade para empreiteiro presidente da Galvão Engenharia


O juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), negou nesta quarta-feira pedido de liberdade feito pelo presidente da empresa Galvão Engenharia, Erton Medeiros Fonseca. Preso durante a sétima fase da Operação Lava Jato, Erton admitiu, em depoimento à Justiça, que negociou propina de 4 milhões de reais, em 2010, com o doleiro Alberto Youssef e com o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, na casa do assessor João Claudio Genu, condenado no julgamento do Mensalão do PT. Disse também que pagou 8,8 milhões de reais a um emissário do então diretor de Serviços da estatal, o petista Renato Duque, indicado ao cargo pelo ex-ministro da Casa Civil, o bandido petista mensaleiro José Dirceu. Apesar das confissões, o juiz Sergio Moro disse que as revelações não podem levar o executivo à liberdade, já que “as prisões cautelares foram motivadas pela presença dos pressupostos e fundamentos legais, jamais se cogitando de utilizá-las para obter confissões compulsórias”. “Há provas em cognição sumária de que o esquema criminoso é muito superior a uma exigência ou solicitação isolada de vantagem indevida por parte de um agente público e de seu intermediador”, resumiu o magistrado.

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