domingo, 7 de dezembro de 2014

Jornalistas argentinos entram na Justiça contra a imposição de reestruturação acionária do grupo Clarin, imposta pelo corrupto regime peronista de Cristina Kirchner

Jornalistas do grupo Clarín pediram à Justiça que detenha a reestruturação da empresa, defendida pelo governo argentino peronista populista da muito incompetente Cristina Kirchner. Em recurso judicial, eles denunciam uma suposta censura velada, acusação rejeitada neste sábado (7) por deputados que apoiam o Executivo. Em 8 de outubro, o Estado se encarregou da reorganização do poderoso grupo multimídia, após rechaçar um plano apresentado pelo Clarín para se dividir em diferentes empresas. O grupo apresentou o plano após uma longa batalha judicial, que se estendeu por quatro anos. Em 2009, a Argentina aprovou uma lei antimonopólio dos meios audiovisuais. O Clarín, que edita o jornal de maior circulação na Argentina, possui 41% do mercado de rádio, 38% da televisão aberta e 59% da televisão a cabo. A Lei de Mídia estabelece que o percentual máximo em todos esses casos deve ser de 35%. A fatia de mercado excedente deve ser submetida à licitação pública. No recurso apresentado ao juiz Pablo Cayssials, do Contencioso Administrativo (que controla a legalidade dos atos administrativos), nove jornalistas do Clarín afirmam estar diante de "um ato de censura" no contexto de uma campanha de perseguição contra o grupo. O recurso é assinado pelos jornalistas Nelson Castro, Jorge Fernández Díaz, Julio Blanck, Jorge Lanata, Alfredo Leuco, Marcelo Longobardi, Joaquín Morales Solá, Magdalena Ruiz Guiñazú e Eduardo Van der Kooy, cujos programas de rádio e TV, bem como editoriais fazem duras críticas ao governo. O AFSCA, entidade encarregada da aplicação da Lei de Mídia, considerou que o recurso era "um pedido insólito". A organização foi notificada na sexta-feira e terá cinco dias para responder. A controvérsia em torno da constitucionalidade da Lei de Mídia foi discutida em 2013 na Suprema Corte, que deu razão ao governo.

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