sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Com duas empresas, leilão de energia A-1 não atrai geradoras

O leilão A-1 de energia existente, realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na manhã desta sexta-feira, durou menos de 20 minutos e confirmou a expectativa de que os preços de referência estabelecidos pelo Ministério de Minas e Energia não eram atrativos para os geradores. Apenas duas empresas estatais, Furnas e Petrobras, ofereceram energia. Foram negociados 622 MW médios, ao preço de 197,09 reais o megawatt/hora, segundo dados no sistema de acompanhamento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em um total de 3,2 bilhões de reais em contratos. A Petrobras vendeu energia das térmicas Aureliano Chaves, em Minas Gerais, e Rômulo Almeida, na Bahia. Furnas vendeu 352 megawatts médios, por três anos, a um preço de 201 reais por megawatt/hora. Na ponta compradora aparecem 33 distribuidoras de energia, com destaque para a CEA, do Amapá, e a RGE, da CPFL no Rio Grande do Sul. A demanda das distribuidoras, de acordo com especialistas, oscila entre 2.500 MW e 3.000 MW médios para 2015, o que obrigará o governo federal a adotar alternativas para reduzir a exposição dessas empresas. O principal desafio dos leilões de energia de curto prazo desde o ano passado é obter geradoras interessadas em participar com a venda de energia nessas competições. Os preços máximos definidos pelo governo federal nos leilões têm ficado muito aquém das previsões de mercado. Assim, as geradoras têm optado por obter mais ganhos com as negociações no mercado de curto prazo num momento em que a escassez de chuva para abastecer reservatórios das hidrelétricas e forte geração térmica acionada elevam as possibilidades de lucro.

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