sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Brasil tem déficit recorde em conta corrente em novembro


O Brasil registrou no mês passado um déficit em transações correntes de 9,3 bilhões de dólares, recorde para novembro, informou o Banco Central nesta sexta-feira. No período, os investimentos estrangeiros diretos (IED) no País somaram 4,6 bilhões de dólares. Economistas consultados previam saldo negativo de 8,6 bilhões de dólares e que o IED ficaria em 4,5 bilhões de dólares no mês passado. No acumulado em 12 meses encerrados no mês passado, o déficit em conta corrente do País soma 88,7 bilhões de dólares, o equivalente a 4,05% do Produto Interno Bruto (PIB). Já no acumulado dos onze primeiros meses do ano, o resultado é negativo em 80,3 bilhões de dólares. O resultado negativo de novembro foi impactado pelas remessas líquidas de lucros e dividendos, que somaram 2,704 bilhões de dólares em novembro, ante 2,842 bilhões de dólares em igual mês do ano passado. Também continuou pesando a balança comercial, com déficit de 2,351 bilhões de dólares, depois de ter mostrado superávit de quase 1,8 bilhão de dólares um ano antes. O comércio exterior tem sido afetado, entre outros, pela queda nos preços de commodities com peso importante na pauta das exportações brasileiras. Nesta sexta-feira, o Banco Central também reduziu a projeção para o resultado das transações correntes do país neste ano, de um saldo negativo de 80 bilhões de dólares para um déficit de 86,2 bilhões de dólares. Se confirmado, será o pior resultado da história. Um dos fatores que levaram a essa piora foi o desempenho esperado da balança comercial. Agora o Banco Central calcula que a balança fechará 2014 com déficit de 2,5 bilhões, bem pior do que o superávit de 3 bilhões de dólares esperados anteriormente. Já a projeção para o IED se manteve em 63 bilhões de dólares. Para 2015, a expectativa da instituição é de que o resultado negativo seja de 83,5 bilhões de dólares, um pouco menor do que deve ser registrado neste ano, beneficiado por um pequeno superávit na balança comercial, de 6 bilhões de dólares.

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